O Inventor e a Primeira Empresa Aplicadora
Em
1911, mais precisamente em 29 de Março, o Agente Florestal Alemão Alfred
Zimmermann recebeu o "Diploma de Inventor da Aviação Agrícola" pelos
trabalhos de aplicação aérea sobre florestas pulverizando Cal para controle de
lagartas.
Em
1921, Neillie & Houser polvilharam Arseniato de Chumbo em florestas para
controle de lagartas no Estado de Ohio, EUA.
Em 1922
- Primeiro Vôo Agrícola na Cultura do algodão - Luisiana - EUA.
Em 1923 foi criada a primeira empresa aérea aplicadora de defensivos
agrícolas: Huff - Daland Dusters Incorporate, EUA.
Décadas de 20 e 40
Nas
décadas de 20 e 40 nada foi feito para o aperfeiçoamento das aeronaves
agrícolas. Os equipamentos de aplicação eram tambores e mangueiras bastante
rústicos instalados nos aviões. Nessa época predominavam os biplanos de treinamento
militar, de grande manobrabilidade, grande capacidade de carga e fácil
manutenção.
Após a
década de 40, mais precisamente após a Segunda Grande Guerra Mundial, aconteceu
a explosão da aviação agrícola nos EUA, quando começou acontecer o aperfeiçoamento
dos equipamentos de aplicação, primeiramente devido ao grande desenvolvimento
da agricultura e as necessidades do controle fitossanitário e também pelos
problemas de infestação de gafanhotos, malária e incêndio florestais. Nessa
época eram utilizados os aviões Stearman e Piper J3. Muitos pilotos da aviação
de caça, depois da guerra, tornaram-se pilotos agrícolas.
Após a 2a Guerra Mundial cerca de 4.000 unidades do Stearman foram
convertidas para trabalho agrícola.
"(...) nos anos 50 (...)
voávamos em Stearmans de cockpit aberto, sem indicadores de velocidade, e com
uma placa de plástico, plana, de 4 polegadas, a servir de para-brisas.
Desenvolvíamos forte musculação no pescoço segurando a cabeça contra o
vento."
História da Aviação Agrícola no
Brasil
Décadas de 40 e 50
Em 1947
foi realizado o primeiro vôo agrícola no Brasil, mais precisamente em Pelotas,
no Rio Grande do Sul. O Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelle e o Piloto Clóvis
Candiota aplicaram produtos químicos objetivando o controle de gafanhotos.
No ano
de 1950, iniciaram as aplicações aéreas de BHC na cultura do café. Nessa mesma
época foram criadas as "Patrulhas de Tratamento Aéreo" do Ministério
da Agricultura (PATAE).
No ano
de 1956 a empresa Sociedade Agrícola Mambú Ltda. donos de extensas áreas de
bananas na região de Itanhaém-SP, começou realizar aplicações aéreas
objetivando o controle do mal de Sigatoka com uma aeronave biplana Stearman.
A
empresa Sociedade Agrícola Mambú, foi buscar conhecimento sobre a tecnologia de
aplicação no Equador, onde essa tecnologia de controle da Sigatoka estava sendo
bastante desenvolvida. Na aeronave Stearman foi adaptado um tambor de 200
litros no assento traseiro, uma bomba centrífuga eólica e dois pulverizadores
fabricados pela própria empresa. Conseguiram na época ótimos resultados no
controle fitossanitário do mal de Sigatoka com essa tecnologia desenvolvida.
Décadas de 60, 70, 80 e 90
No ano
de 1965 foi criada a empresa Seara Defesa Agrícola Vegetal Ltda. que
desenvolveu a tecnologia de aplicação aérea UBV (Ultra Baixo Volume) na cultura
do algodão.
No ano
de 1968 foi criado o CAVAG. No ano de 1969 foi fundada a EMBRAER.
Na
década de 70 houve um grande desenvolvimento nos trabalhos de aplicação aérea,
mas na década de 80 os trabalhos de aplicação aérea entraram em decadência pela
falta de tecnologia.
No
início da década de 90, começou um ligeiro crescimento nos trabalhos de
aplicação aérea de agroquímicos acompanhando o grande desenvolvimento das
culturas da soja e do algodão no cerrado dos Estados do Mato Grosso e Goiás.
No
final da década de 90 muitas novas tecnologias começaram a ser utilizadas pela
aviação agrícola no Brasil. Novas pontas de pulverização foram desenvolvidas,
novas barras de pulverização aerodinâmica, aperfeiçoamento dos equipamentos
nacionais e o GPS.
De
todas essas novas tecnologias foi o GPS a que mais se destacou, pois funcionou
como um certificado de garantia de boa aplicação e, com certeza, foi
responsável pelo fechamento de muitos contratos de aplicação aérea com muitos
produtores.
Atualmente,
no Brasil existem cerca de 1.500 aviões agrícolas em operação. O mercado
potencial para essas aeronaves é de 10.000 unidades. Esse potencial de mercado
leva em consideração somente as áreas agrícolas atualmente exploradas e não
levam em consideração ainda as áreas com possibilidades de exploração. Por
exemplo, o Estado do Mato Grosso ainda tem aproximadamente 60% do potencial de
áreas agrícolas para serem exploradas pelas extensivas culturas da soja e do
algodão.
Poderemos
observar nos próximos anos um grande desenvolvimento de novas tecnologias na
área de aplicação com aeronaves agrícolas no Brasil. Empresas fabricantes de aviões
agrícolas e equipamentos do Brasil e de outros países estarão, nos próximos
anos, buscando esse grande mercado potencial da aviação agrícola no Brasil que
existe ainda a ser conquistado.
FONTE: PORTAL SÃO FRANCISCO
O Inventor e a Primeira Empresa Aplicadora
Em
1911, mais precisamente em 29 de Março, o Agente Florestal Alemão Alfred
Zimmermann recebeu o "Diploma de Inventor da Aviação Agrícola" pelos
trabalhos de aplicação aérea sobre florestas pulverizando Cal para controle de
lagartas.
Em
1921, Neillie & Houser polvilharam Arseniato de Chumbo em florestas para
controle de lagartas no Estado de Ohio, EUA.
Em 1922
- Primeiro Vôo Agrícola na Cultura do algodão - Luisiana - EUA.
Em 1923 foi criada a primeira empresa aérea aplicadora de defensivos
agrícolas: Huff - Daland Dusters Incorporate, EUA.
Décadas de 20 e 40
Nas
décadas de 20 e 40 nada foi feito para o aperfeiçoamento das aeronaves
agrícolas. Os equipamentos de aplicação eram tambores e mangueiras bastante
rústicos instalados nos aviões. Nessa época predominavam os biplanos de treinamento
militar, de grande manobrabilidade, grande capacidade de carga e fácil
manutenção.
Após a
década de 40, mais precisamente após a Segunda Grande Guerra Mundial, aconteceu
a explosão da aviação agrícola nos EUA, quando começou acontecer o aperfeiçoamento
dos equipamentos de aplicação, primeiramente devido ao grande desenvolvimento
da agricultura e as necessidades do controle fitossanitário e também pelos
problemas de infestação de gafanhotos, malária e incêndio florestais. Nessa
época eram utilizados os aviões Stearman e Piper J3. Muitos pilotos da aviação
de caça, depois da guerra, tornaram-se pilotos agrícolas.
Após a 2a Guerra Mundial cerca de 4.000 unidades do Stearman foram
convertidas para trabalho agrícola.
"(...) nos anos 50 (...)
voávamos em Stearmans de cockpit aberto, sem indicadores de velocidade, e com
uma placa de plástico, plana, de 4 polegadas, a servir de para-brisas.
Desenvolvíamos forte musculação no pescoço segurando a cabeça contra o
vento."
História da Aviação Agrícola no
Brasil
Décadas de 40 e 50
Em 1947
foi realizado o primeiro vôo agrícola no Brasil, mais precisamente em Pelotas,
no Rio Grande do Sul. O Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelle e o Piloto Clóvis
Candiota aplicaram produtos químicos objetivando o controle de gafanhotos.
No ano
de 1950, iniciaram as aplicações aéreas de BHC na cultura do café. Nessa mesma
época foram criadas as "Patrulhas de Tratamento Aéreo" do Ministério
da Agricultura (PATAE).
No ano
de 1956 a empresa Sociedade Agrícola Mambú Ltda. donos de extensas áreas de
bananas na região de Itanhaém-SP, começou realizar aplicações aéreas
objetivando o controle do mal de Sigatoka com uma aeronave biplana Stearman.
A
empresa Sociedade Agrícola Mambú, foi buscar conhecimento sobre a tecnologia de
aplicação no Equador, onde essa tecnologia de controle da Sigatoka estava sendo
bastante desenvolvida. Na aeronave Stearman foi adaptado um tambor de 200
litros no assento traseiro, uma bomba centrífuga eólica e dois pulverizadores
fabricados pela própria empresa. Conseguiram na época ótimos resultados no
controle fitossanitário do mal de Sigatoka com essa tecnologia desenvolvida.
Décadas de 60, 70, 80 e 90
No ano
de 1965 foi criada a empresa Seara Defesa Agrícola Vegetal Ltda. que
desenvolveu a tecnologia de aplicação aérea UBV (Ultra Baixo Volume) na cultura
do algodão.
No ano
de 1968 foi criado o CAVAG. No ano de 1969 foi fundada a EMBRAER.
Na
década de 70 houve um grande desenvolvimento nos trabalhos de aplicação aérea,
mas na década de 80 os trabalhos de aplicação aérea entraram em decadência pela
falta de tecnologia.
No
início da década de 90, começou um ligeiro crescimento nos trabalhos de
aplicação aérea de agroquímicos acompanhando o grande desenvolvimento das
culturas da soja e do algodão no cerrado dos Estados do Mato Grosso e Goiás.
No
final da década de 90 muitas novas tecnologias começaram a ser utilizadas pela
aviação agrícola no Brasil. Novas pontas de pulverização foram desenvolvidas,
novas barras de pulverização aerodinâmica, aperfeiçoamento dos equipamentos
nacionais e o GPS.
De
todas essas novas tecnologias foi o GPS a que mais se destacou, pois funcionou
como um certificado de garantia de boa aplicação e, com certeza, foi
responsável pelo fechamento de muitos contratos de aplicação aérea com muitos
produtores.
Atualmente,
no Brasil existem cerca de 1.500 aviões agrícolas em operação. O mercado
potencial para essas aeronaves é de 10.000 unidades. Esse potencial de mercado
leva em consideração somente as áreas agrícolas atualmente exploradas e não
levam em consideração ainda as áreas com possibilidades de exploração. Por
exemplo, o Estado do Mato Grosso ainda tem aproximadamente 60% do potencial de
áreas agrícolas para serem exploradas pelas extensivas culturas da soja e do
algodão.
Poderemos
observar nos próximos anos um grande desenvolvimento de novas tecnologias na
área de aplicação com aeronaves agrícolas no Brasil. Empresas fabricantes de aviões
agrícolas e equipamentos do Brasil e de outros países estarão, nos próximos
anos, buscando esse grande mercado potencial da aviação agrícola no Brasil que
existe ainda a ser conquistado.
FONTE: PORTAL SÃO FRANCISCO
Nenhum comentário:
Postar um comentário