sexta-feira, 9 de maio de 2008

AERONAVE DO MÊS - AERMACCHI MB-326 / EMB-326 XAVANTE


O Aermacchi MB-326 é uma aeronave monomotora a jato para o treinamento militar desenvolvida pela companhia italiana Aermacchi, seu primeiro vôo ocorreu em 10 de dezembro de 1957. Nesta época, vários modelos de caças supersônicos entravam em operação em todo mundo e a Aeromacchi percebeu o potencial de mercado para uma aeronave de treinamento a jato para fazer a conversão operacional dos pilotos para os novos caças. Concorreu neste mercado com o Cessna T-37 e o BAC Jet Provost. Foram construídas no total 778 unidades do MB-326 para treze países.
Fabricado sob licença na Austrália, Brasil e África do Sul, o MB-326 alcançou sucesso por seu baixo custo de produção e operação, sendo uma aeronave versátil, ágil e manobrável. Por estas qualidades, foram também desenvolvidas versões para ataque ao solo.
Foi utilizado pela Força Aérea Italiana até 1981, quando foi substituído pelo Aermacchi MB-339.

Projeto
O primeiro protótipo do MB-326 era equipado com um turbojato Piaggio Rolls-Royce Bristol Siddeley Viper 8 com apenas 785 kgf de potência. Era uma aeronave de asa baixa e desenho convencional. O segundo protótipo já recebeu uma turbina Viper 11 de 1.134 kgf, igual ao primeiro modelo de produção.
Muitas modificações foram aplicadas ao projeto inicial de acordo com as necessidades dos operadores.

No Brasil

XavantesJunto com os processos de compra de uma nova aeronave supersônica, que viria a ser o Mirage III, havia a necessidade de selecionar uma aeronave de treinamento para a conversão operacional. Com recursos disponíveis e a vontade de desenvolver uma indústria aeronáutica no Brasil, a FAB procurou uma aeronave adequada e que oferecesse condições contratuais vantajosas que permitissem a sua construção no Brasil. A escolha recaiu sobre o Aermacchi MB-326. Esta encomenda e a fabricação do Bandeirantes possibilitaram o início da Embraer. A versão brasileira do MB-326GB foi denominada Embraer EMB-326 Xavante. Esta aeronave é denominada AT-26 pela FAB, indicando sua dupla função de ataque e treinamento.
Os Xavantes entraram em operação na FAB em 1971 e continuaram em produção até 1981, sendo o primeiro avião a reação construído em série no Brasil. 166 aeronaves foram construídas pela Embraer para a Força Aérea Brasileira, sendo as demais exportadas para o Togo (6 unidades) e o Paraguai (10 unidades). 11 aeronaves usadas foram doadas para a Marinha da Argentina depois da Guerra das Malvinas para repor as perdas desta força no conflito.
O número de aeronaves adquiridas permitiu equipar vários esquadrões de ataque da FAB, além de sua função na formação de pilotos. Com o tempo, o número de aeronaves disponíveis diminuiu, estando todas as restantes integradas ao 1º/4º Gav cuja função é ministrar o curso de líder de esquadrilha. Aproximadamente, 27 aeronaves ainda estão operacionais.

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