quinta-feira, 20 de novembro de 2008

ANAC LANÇA DICAS DE SEGURANÇA DE VÔO PARA PILOTOS DA AVIAÇÃO GERAL

Brasília, 19 de novembro de 2008
A Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC começa a distribuir uma cartilha de orientações de segurança para os pilotos da Aviação Geral – aqueles que voam em aeronaves particulares, táxis-aéreos, aviação agrícola etc. O guia “Segurança – práticas para um vôo seguro” reúnem uma série de dicas com o objetivo de orientar e reforçar a responsabilidade do piloto no cumprimento das normas de vôo.
Ele será distribuído por aeroclubes, escolas de aviação, associações de pilotos, empresas e outras entidades da Aviação Geral. Além disso, poderá ser obtido gratuitamente nas Gerências Regionais da ANAC em sete capitais e está disponível para visualização e download na página da agência reguladora na Internet. O guia tem 20 páginas e formato pequeno, para facilitar seu uso e transporte.
Com linguagem simples e de fácil entendimento, ele foi produzido pela Gerência Geral de Investigação e Prevenção de Acidentes (GGIP) da ANAC e contou com a colaboração do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira e da Associação Brasileira da Aviação Geral (ABAG).
Após uma “Mensagem ao Comandante” e uma introdução sobre os acidentes e suas causas mais comuns – de cada quatro acidentes no Brasil, em pelo menos um a regularização do piloto e/ou da aeronave estava vencida junto à ANAC o guia “Segurança práticas para um vôo seguro” divide-se em três partes, nas quais traz dicas importantes para a preparação do piloto, da aeronave e do próprio vôo.
O guia chama a atenção do piloto para que ele respeite suas próprias limitações operacionais. Por exemplo, se ele não está habilitado a voar por instrumentos, deve evitar sair do chão em condições meteorológicas adversas. Além disso, recomenda que o piloto recicle periodicamente seus conhecimentos e sua qualificação operacional, através de treinamentos em curvas de grande inclinação e de pousos simulados de emergência, entre outros.
O guia reforça também a importância do planejamento do vôo com antecedência e o respeito aos limites da aeronave, principalmente seu peso e balanceamento. Na preparação do vôo, são vários os alertas do guia: sobre a previsão do tempo, as condições da rota escolhida, os cuidados com o vento de través, o uso adequado da comunicação por rádio, o conhecimento do aeródromo de destino, os obstáculos geográficos em vôos de altitude mínima.
Sobre vôos à noite, faz uma recomendação: “Caso não esteja qualificado para vôo noturno, planeje seu vôo para chegar ao destino pelo menos uma hora antes do pôr-do-sol”. Na última parte, o guia fala dos cuidados que devem ser tomados com a aeronave, especialmente se ela for nova.
Destaca que é preciso estudar bem o manual do aparelho, recomenda realizar um vôo com um piloto que conheça bem o equipamento e fala da importância de estar familiarizado com as limitações do motor. Sobre o combustível, traz várias recomendações, entre elas: “Sempre planeje seu pouso com combustível necessário para voar pelo menos mais 30 minutos de cruzeiro sob condições visuais”.
Esse pequeno guia marca o início de uma campanha da ANAC para aumentar as condições de segurança da Aviação Geral, que conta com mais de 10 mil pilotos em atividade nas categorias privado e comercial em todo o país. Serão distribuídos ao todo 12 mil exemplares.
Dando continuidade à campanha, nos próximos meses a Agência divulgará cartazes educativos sobre segurança de vôo em todos os pontos de concentração de pilotos da Aviação Geral.
Fonte: ANAC

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

CURIOSIDADES - RVSM

Você saberia dizer o que significa RVSM? Não?! Então vamos lá pra não ficar a pergunta no ar.

RVSM, nada mais é do que uma separação vertical de 1000 ft(pés) entre os FL290 e FL 410 (inclusive). Mas para fazer uso desse espaço onde está implementada a RVSM devem através de seus operadores obter aprovação operacional, ou seja, a aeronave deve estar apta e a operação RVSM (aeronavegabilidade) das autoridades apropriadas das regiões: Caribe (CAR), America do Sul (SAM) e Doméstica, que tenham permitido o planejamento ordenado da RVSM nestas.

Abraços!!


Novais Neto

terça-feira, 11 de novembro de 2008

FOTOS EXCLUSIVAS DA CRUZEX IV

Nosso espião infiltrado na BANT, Deda, presidente dos Vira-Latas do Asfalto, nos enviou essas fotos exclusivas da Operação Cruzeiro do Sul - CRUZEX IV. Curtam!!!











MUDANÇA NO SETOR AÉREO DIVIDE ESPECIALISTAS

Antes de tudo gostaria de expressar aqui a minha opnião pessoal sobre o assunto, mesmo não sendo um especialista, mas de toda forma sou um usuário diário do sistema. Na minha modesta opnião, apenas instituições fiscalizadoras, reguladoras, de defesa cívil e etc é que deveriam ser estatais. Ex.: Anac, Polícia Federal, Vigiagro, Receita Federal, etc... o que incluiria também na privatização a Caern, Petrobras, Infraero... mas quem sou eu pra fazer alguma coisa... Queria que fizessem um referendo, pra que pudessemos votar na privatização da Infraero, aí sim veríamos o que iria acontecer.

Mas, fiquem agora com a matéria!!! Um abraço!

Não há consenso entre os especialistas brasileiros em aeroportos sobre o modelo de funcionamento da infra-estrutura aeroportuária. A polêmica maior é sobre a definição do novo papel da Infraero, encarregada da administração dos 67 aeroportos federais, depois que a operação dos principais terminais for repassada à iniciativa privada.
O brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da estatal, alerta para o risco de comprometimento dos interesses estratégicos do país. O professor do curso de pós graduação da Universidade de Brasília (UnB) sobre aviação, Adyr da Silva, também ex-presidente da Infraero, não vê outra saída senão repassar aos empresários a operação do sistema aeroviário.
Brigadeiro da reserva e presidente da Telebrás quando o sistema de telefonia brasileiro foi privatizado, Adyr da Silva garante que a transferência da operação dos aeroportos para a iniciativa privada não é uma opção, e sim uma solução para a crise do setor. “Privatizar (os aeroportos) é uma solução para o desespero da atual situação”, entende. Ele lembra que os 67 aeroportos sob responsabilidade da Infraero devem valer cerca de US$ 50 bilhões, enquanto o patrimônio da estatal não passa de R$ 20 milhões.
Por lei, a Infraero detém a concessão do governo para operar os aeroportos federais, recebida do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC). O brigadeiro José Carlos Pereira questiona a proposta de privatização dos aeroportos alegando que o atual sistema é importante para a economia real que depende, em grande parte, do transporte aéreo. Ele duvida que a transferência para operadores privados aumente a oferta de serviços. “Privatizar os aeroportos não significa ampliar o número de pistas, de terminais e a oferta de vôos para os passageiros”, pondera.
O diretor de Operações da estatal, brigadeiro Nicácio Silva, discorda da transferência das operações dos aeroportos para grupos privados. “Quando se quer destruir essa empresa, rentável, mesmo com administrações difíceis, é motivo de uma profunda reflexão”, alertou. Ele julga a atual estrutura aeroportuária uma das melhores do mundo. “Quem considera a Infraero uma empresa ruim não conhece o resto”, comentou.
Desafio
Nicácio ataca os defensores da privatização dos aeroportos que estão no governo. “Do ponto de vista da ética, de princípios e valores da administração pública, não tem sentido se pensar em privatização”, disse. Ele desafiou os defensores da desestatização a explicarem suas razões: “Compete a quem defende a privatização justificar a destruição dessa empresa”.
O dirigente da estatal reflete o pensamento de boa parte dos oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele lembra que os principais aeroportos brasileiros compartilham as pistas de pouso com as bases aéreas, o que pode, segundo Nicácio, causar problemas operacionais. O brigadeiro considera a estatal estratégica para o país, superavitária e com ativos rentáveis. “A Infraero é tão estratégica quanto a Petrobras. Por que não destruir a Petrobras também?” E fez um desafio: abrir o capital da companhia por cinco anos, com lançamento de ações em bolsas de valores, para só depois decidir o futuro da estatal.

domingo, 9 de novembro de 2008

CRUZEX IV - INFORMAÇÕES OFICIAIS

A Assessoria de Imprensa da Operação CRUZEX IV informa que, na tarde desta sexta-feira (07/11), cinco vôos da aviação regular com destino a Natal (RN) pousaram em Recife (PE). Em conseqüência, esclarece que:
- O Comando da Aeronáutica, por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, expediu o NOTAM (Notice for Airmen – Aviso aos Aeronavegantes) B/1276/2008, de 1º de outubro de 2008, informando a comunidade aeronáutica em geral sobre a realização da Operação CRUZEX IV, no período de 4 a 13 de novembro de 2008, o qual emite orientações aos aeronavegantes. Esse aviso também é de conhecimento de todas as companhias aéreas.

- Houve um planejamento prévio do horário ideal para as decolagens e pousos de aeronaves militares, relativas à Operação CRUZEX IV, evitando ao máximo o conflito com a movimentação da aviação regular.

- É importante que as companhias aéreas cumpram fielmente o horário estabelecido para seus vôos, principalmente os destinados à Região Nordeste.

- Existe uma segunda pista no aeroporto de Natal, sempre disponível para pousos e decolagens, porém, as limitações técnicas das aeronaves em questão não permitiram os pousos naquela pista.

- Às 14h38, uma aeronave militar pousou em emergência, devido a problemas mecânicos, porém, sem maiores conseqüências. Tal fato comprometeu o fluxo normal de aeronaves no aeroporto.

- A fim de incrementar a coordenação dos vôos com destino à Região Nordeste, a partir deste final de semana, haverá reforço de um Núcleo de Gerenciamento de Navegação Aérea, instalado em Recife, especificamente para a Operação CRUZEX IV.
Fonte: CRUZEX IV

NOTÍCIAS - EVENTO "PORTÕES ABERTOS" ATRAI MAIS DE 40MIL PESSOAS À BASE AÉREA DE NATAL




A Base Aérea de Natal (BANT) abriu as portas neste sábado, 8/11, para que a população pudesse conhecer as aeronaves brasileiras e estrangeiras envolvidas na Operação Cruzeiro do Sul (CRUZEX IV). Os mais de 40 mil visitantes tiveram acesso ao pátio operacional onde as aeronaves estavam expostas. Foram mais de 7,5 mil veículos entre ônibus e automóveis. A banda de música da Aeronáutica marcou o compasso da festa, enquanto as crianças se divertiam tirando fotos ao lado das aeronaves.
Um dos aviões que mais atraíram a atenção dos visitantes foi o RA-1 (AMX) do Esquadrão Poker 1º/10º Grupo de Aviação. Os militares do esquadrão permitiram que as crianças dessem asas à imaginação disponibilizando a aeronave para que elas, vestidas com macacão de vôo, pudessem sentar no acento do piloto. A fila para vestir a roupa de piloto e subir no avião demorou cerca de 40 minutos, mas ninguém parecia importar-se com a demora. “É uma emoção muito grande, um dia que ele nunca mais vai esquecer”, afirma Ana Bezerra, que levou a sobrinha Jossinara, de 8 anos.

O ponto alto da festa foi a apresentação do Esquadrão de Demonstração Aérea, a Esquadrilha da Fumaça, que durante mais de 30 minutos encantou a platéia que tomava o pátio da BANT. Os sete aviões da Esquadrilha decolaram ao mesmo tempo da pista da Base Aérea e realizarm suas manobras mais tradicionais, como o espelho, o break e a catedral. Durante vários cruzamentos, ou seja, manobras em que as aeronaves passam muito próximas umas das outras, o público emitiu suspiros de apreensão, em uníssono. Os pilotos da Esquadrilha encerraram a demonstração desenhando um coração de fumaça no azul dos céus de Natal.


Fonte: Ten Guerrero/CECOMSAER (CRUZEX IV)
Fotos: 2S Sérgio/CECOMSAER

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

CURIOSIDADES- PNEU, COMBUSTÍVEL E ALIJAMENTO

VOCÊ SABIA?!

E hajaaaaaaaaaaa pneu!!!
Você sabia que um avião comercial, para rotas longas sem escala, realiza cerca de 15 mil decolagens e pousos ao longo de sua vida útil, exigindo mais de cem trocas completas dos pneus????

ÔÔÔ do posto, completa ai por favor!!!
Você sabia que para abastecer os grandes jatos, um sistema de duas mangueiras bombeiam até 3000 litros de combustível por minuto??? Isso é 30 vezes mais rápido que as bombas dos postos de combustíveis em geral.

Enche rápido Banheirinha!!!
Você sabia que a cada 3 segundos de uma operação de alijamento*, um Boeing 747 lança na atmosfera um volume equivalente a uma banheira totalmente cheia.
* Alijamento - jogar fora, livrar-se do combustível em voo, é um procedimento comum para se evitar maiores complicações devido a possibilidade de um pouso mais perigoso.

Novais Neto

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Jumbo 747-200 da Força Aérea Francesa





Esta super máquina voadora estava estacionada no pátio do Aeroporto Internacional Augusto Severo, Parnamirim-RN.
Confiram as fotos!

Um abraço!!!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

HISTÓRIA DA AVIAÇÃO - AVIAÇÃO POTIGUAR

Queridos amigos e amigas, hoje, em mais uma das minhas noites de insônia, e, como costumamos dizer aqui no nordeste, escavacando a internet, encontrei uma excelente reportagem, publicada nos Cadernos Especiais do Jornal Tribuna do Norte, no fascículo 11, da História do Rio Grande do Norte. Trata-se de um material riquíssimo para nós aviadores, para os historiadores e apaixonados pela a aviação e, especialmente pelo RN. No total são 16 fascículos que tratam desde o período pré-colonial até temas mais contemporâneos da nossa história.
Claro que eu não podia deixar isso passar em branco e tomei a liberdade de selecionar alguns trechos desse material e disponibilizar aqui para todos nós. O material é muito extenso, mas me preocupei em resgatar apenas os assuntos mais ligados a aviação. Abaixo seguem os trechos, aproveitem!
A EPOPÉIA DA AVIAÇÃO

Os Hidroaviões Aterrissam no Potengi

A localização da Cidade do Natal fez com que seu nome ocupasse uma posição de relevo na história da aviação mundial. Sobretudo nos tempos iniciais ou, mais precisamente, no período compreendido entre 1922 e 1937, que se divide em duas fases: a dos hidroaviões e as dos aviões. Os hidroaviões desciam nas águas do Rio Potengi e, posteriormente, os aviões pousavam num campo em terra firme.
Os portugueses Sacadura Cabral e Gago Cointinho inauguraram a primeira fase com o "raid" África-Natal, cobrindo uma distância de 1.890 milhas. Por causa de dificuldades, os lusitanos desceram em Fernando de Noronha, passando por Natal e indo até Recife.
No dia 21 de dezembro de 1922, o brasileiro Euclides Pinto Martins e o norte-americano Walter Hinton chegava a Natal, fazendo o "Sampaio Correia II" amerissar nas águas do Rio Potengi. Estavam realizando o "raid" Nova Iorque-Rio de Janeiro.
Após essas façanhas, a capital norte-rio-grandense passou a receber grande número de aviadores famosos, que com suas aventuras escreviam a história da aviação. Todos eles foram recebidos como verdadeiros heróis.
Os natalenses acompanharam a ação dos pioneiros com muito interesse.
Exemplo: a 24 de fevereiro de 1927, Natal recebeu com manifestações de júbilo o marquês De Pinedo, italiano que juntamente com Carlo Del Prete e Victale Zachetti chegaram à cidade viajando no "Santa Maria". De Pinedo, além de percorrer as principais ruas natalenses em carro aberto, participou de um almoço em sua homenagem. No discurso de agradecimento, o marquês sentenciou: "Natal será a mais extraordinária estação da aviação mundial".
No mesmo ano, chegou ao Rio Grande do Norte a esquadrilha do exército norte-americano - a primeira esquadrilha a baixar no Rio Potengi - sob o comando do major Herbert Dangue e integrada pelos hidroaviões "Santo Antonio", "São Luís" e "São Francisco".
Nessa época, a França tinha planos de abrir rotas aéreas comerciais estabelecendo uma linha Europa-América do Sul, que não se concretizou. Mas a partir de 1924, revela Clyde Smith Junior, "empresas particulares assumiram a tarefa de executar esse projeto".
A Lignes Latéroère procurou estender sua ação até o Brasil. Essa companhia enviou Paul Vachet a Natal, num Breguet, um biplano que foi forçado a aterrissar na praia da Redinha porque Natal não contava ainda com um local apropriado.
O Breguet pilotado por Paul Vachet foi, portanto, o primeiro aeroplano - ou seja, avião que pousava em terra e não nas água, como os anteriores - a aterrissar no Rio Grande do Norte. Iniciando, assim, uma nova fase na história da aviação em terras potiguares.
Nasce o Aeroporto de Parnamirim

Paul Vachet foi enviado a Natal pela Lignes Latécoère para estabelecer aqui uma base dentro da rota Brasil-Dakar. E para isso precisava de um campo de pouso.
Vachet procurou, então, um terreno apropriado para construir um aeroporto. Segundo Câmara Cascudo, "um oficial do Exército, o coronel Luís Tavares levava para Parnamirim o batalhão sob o seu comando para exercícios militares. Em 1927, indicou-o como campo de pouso para os aviões da Latércoère. Feita uma limpeza sumária no mato ralo e nivelamento provisório, inaugurando-o, às 23h45 de 14 de outubro de 1927, o "Numgesser-et-Coli", um monomotor Breguet-19, pilotado por Dieu Coster e Le Brix, concluindo com êxito o roteiro Saint Louis do Senegal-Natal. Clyde Smith Junior informa que "esse foi o primeiro vôo transatlântico em sentido leste-oeste (...) Essa façanha marcou o início do serviço aéreo entre Paris e Buenos Aires".
Juvenal Lamartine e o Aéro Clube

O Rio Grande do Norte não poderia ficar apenas recebendo aviões. Era preciso participar de uma maneira mais ativa. Juvenal Lamartine, consciente do problema, apresentou um projeto na Câmara Federal para criar um aviódromo em Natal. A 29 de dezembro de 1928, era fundado o Aéro Clube.
Tarcísio Medeiros descreve o evento: "Participaram das festividades, numa revoada de Parnamirim a Natal, um "Blue Bird", pilotado pelo diretor-técnico, comandante Djalma Petit, trazendo a bordo o Sr. Fernando Pedroza, e um aparelho da Générale Aéropostale (C.G.A), pilotado por Depecker. Na ocasião, foi batizado o primeiro aeroplano do "club", com o nome de Natal".
A diretoria do Aéro Clube era formada por Juvenal Lamartine, presidente; Dioclécio Duarte, vice-presidente, e Adauto Câmara, primeiro secretário.
A sede estava situada no bairro do Tirol., onde ainda hoje se encontra, apesar de ter passado por sérias crises. E de acordo com Tarcísio Medeiros, possuía um "pequeno campo de pouso ao lado do poente da sede social'".

Esquadrilha Balbo e Coluna Capitolina

No dia 6 de janeiro de 1931, chegava a Natal a esquadrilha da força aérea italiana, comandada pelo general Ítalo Balbo. Composta inicialmente por doze aviões, apenas dez conseguiram atingir Natal.
Poucos dias antes, ou seja, em 1º de janeiro do mesmo ano, o navio italiano "Lanzeroto Malocell", sob o comando do capitão-de-fragata Carlos Alberto Coraggio, trazia a Coluna Capitolina, doada pelo chefe do governo italiano, Benito Mussolini. A peça havia sido encontrada nas ruínas de Roma e foi oferecida ao povo natalense para comemorar o "raid" Roma-Natal, realizado pelos aviadores Del Prete e Ferrarin.
Nessa data, governava o Rio Grande do Norte o interventor federal Irineu Joffily. Participaram da comissão de recepção o prefeito Dias Guimarães e João Café Filho.
Em uma das faces da Coluna Capitolina há uma mensagem em italiano que foi traduzida para o português no livro "Aspectos Geopolíticos e Antropológicos da História do Rio Grande do Norte", de Tarcísio Medeiros: "Trazida de uma só lance sobre asas velozes além de toda distância tentada por Carlos Del Prete e Arturo Ferrerin, a Itália aqui chegou a 5 de julho de 1928. O oceano não mais divide e sim une as agentes latinas de Itália e Brasil".
A Viagem Inédita de Jean Mermoz

Um dos aviadores que marcou presença em Natal durante essa época foi o francês Jean Mermoz.
No dia 13 de maio de 1930, Jean Mermoz realizou a sua primeira travessia. Partindo de São Luís do Senegal, chegou a Natal vencendo uma distância de 3.100 quilômetros. Passou alguns dias na capital potiguar planejando uma viagem de regresso, o que seria um fato inédito.
O aviador francês voltou a Natal em abril do ano de 1933, pensando ainda em realizar o seu sonho: a viagem Natal-Dakar. Fez muitas amizades no Rio Grande do Norte. Um de seus amigos, Eudes de Carvalho, revelou que o francês "adquiriu, com o tempo, apego à terra e à gente potiguar e previu o futuro de Parnamirim como base aérea de destaque mundial".
Jean Mermoz, finalmente, conseguiu concretizar sua antiga aspiração. Partindo de Natal num trimotor, o "Arc-en-Ciel", pousou em Dakar, sendo o primeiro a realizar tal façanha.
O piloto francês participou de outras atividades em ação militar, recebendo as medalhas "Cruz da Guerra' e "Levante". Tarcísio Medeiros narra outro feito de Mermoz: "bateu, entre 11 e 12 de abril de 1930, o "record" mundial de permanência no ar, em circuito fechado, cobrindo 4.343 quilômetros em 30 horas e 30 minutos, em Laté-28 com flutuadores, no qual voou para Natal".
Jean Mermoz desapareceu nas águas do Oceano Atlântico a bordo do seu "Croix-de Sud", em dezembro de 1936.
Concorrência Européia nos Céus Natalenses

Depois da França, a Aleamha entrou em cena. A Lufthansa estendeu sua ação comercial até Natal durante 1933. No outro ano, informa Clyde Smith Junior, "as linhas aéras francesas e alemãs entraram em um acordo que exercia uma cooperação técnica e uma cidisão de itinerário. Em torno de 1937, elas concordaram em associar suas receitas relativas ao trecho África-Natal e, em 1939, a Air France (antiga Lignes Latécoère) e a Condor (Lufthansa) tornaram seus bilhetes permutáveis na África do Sul".
A Itália também esteve presente em Natal através da Linee Aeree Transcontinentali Italiane - Ala Litoria (LATI). A empresa foi organizada pelo governo italiano e, posteriormente, foi acusada pelos adversários, durante a guerra, de estar a serviço das "Tropas do Eixo".
A Inglaterra e os Estados Unidos não participaram desse esforço inicial, em rotas que envolveram Natal no processo de desenvolvimento da aviação. Somente durante o início da Segunda Guerra Mundial é que a companhia norte-americana Pan American manteve uma rota que passava por Natal.
O Grande Projeto de Augusto Severo

Augusto Severo nasceu na cidade de Macaíba, no dia 11 de janeiro de 1864, filho de Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão e D. Feliciana Maria da Silva de Albuquerque Maranhão.
Entre seus irmãos, os que mais se destacaram foram Pedro Velho e Alberto Maranhão.
O biógrafo Augusto Fernandes traçou em poucas palavras a personalidade de Augusto Severo: "físico avantajado era o espelho fiel de espírito vigoroso. Figura simpática, sabendo o que dizia e trazendo-o desembaraçadamente, com os olhos mansos, o sorriso fácil e os gestos aristocratas, conquistava sem dificuldade as pessoas mais esquivas".
Iniciou os estudos na terra onde nasceu, Macaíba, e depois continuou a sua vida de estudante em duas outras cidades: Natal e Salvador. Fez o curso de humanidades com brilhantismo.
Entrou posteriormente para a Escola Politécnica, no Rio de Janeiro. Quando cursava o segundo ano, adoeceu e teve que voltar para Natal.
Exerceu, então, a função de professor de Matemática no Ginásio Norte-Riograndense, escola da qual chegou a ser vice-diretor. Quando o Ginásio fechou, em 1883, foi forçado a se dedicar ao comércio, trabalhando como guarda-livros da loja "Guararapes".
Idealista participou ao lado de Pedro Velho da campanha abolicionista. Com relação às suas preocupações como homem de ciência, Augusto Severo se dedicou primeiro em descobrir o modo-contínuo. Depois, abandonou essa pesquisa. Pensou também em estudar o "mais" pesado que o ar". Desistiu. Os seus interesses começavam a se voltar para outra direção: "agora, todos os seus estudos e esforços buscava descobrir um meio para dar estabilidade e segura dirigibilidade aos balões. Imaginou e desenhou, então, o "Potiguarânis", que não chegou a ser realizado, mas influiu na construção, mais tarde, do Bartolomeu de Gusmão, realmente o seu primeiro dirigível".
Continuando seus estudos, chegou ao "PAX', considerado pelos técnicos como um importante avanço na conquista do espaço. Criou também o "tubo motor de reação", que dizem ter sido usado pela torpedeira "A Turbina", que pertencia à marinha inglesa. Segundo Augusto Fernandes, a "Turbina" chegou a atingir uma velocidade de 37 milhas.
É ainda Augusto Fernandes que fala sobre outra criação do cientista norte-rio-grandense: inventou "o sistema de hélice introduzida no interior de um tubo, que atravessa o navio seguindo o grande eixo, permitindo-lhe marchar avante e a ré". Em 1893, Augusto Severo substituiu o irmão Pedro Velho no Congresso.
Em 19 de outubro de 1901, Santos Dumont, com o dirigível 'Santos Dumont nº 6", realizou um grande feito, pelo qual recebeu o prêmio "Deutsc" . Depois de levantar vôo de Saint-Cloud, para assombro do povo de Paris, contornou a Torre Eiffel.
Anterior a essa data, houve um movimento no Brasil para prestar uma homenagem ao aeronauta brasileiro. No Congresso Nacional, o deputado federal Bueno de Paiva propôs, no dia 17 de julho de 1901, um voto de louvor a Santos Dumont, por ter encontrado "a solução do secular problema" da dirigibilidade e estabilidade. Acontece que Augusto Severo, um profundo conhecedor da questão, sabia que tal solução não havia sido encontrada e protestou contra a inverdade. Mas, reconhecendo a importância do aeronauta, propôs que fosse inserido em ata um voto de louvor a Alberto Santos Dumont e ainda concedido ao ilustre brasileiro, como prêmio o valor de 100:000$000, importância que ele precisava para continuar suas experiências. O discurso de Augusto Severo foi simplesmente brilhante. Ao conclui-lo foi, além de muito aplaudido, abraçado pelos deputados presentes.
Augusto Severo, após licenciar-se da Câmara Federal, partiu para Paris com a finalidade de fazer, igualmente, experiência no campo da aeronáutica.
Augusto Fernandes, numa síntese, demonstra toda a importância de Severo: "os balcões de Dumont, como os de seus antecessores, sob o ponto de vista científico, não possuíam as características necessárias de ESTABILIDADE e, portanto, perfeita NAVEGABILIDADE. Esta conquista pertence, exclusivamente, a Augusto Severo".
Ele não se tornou, como chegaram a comentar em Paris, um rival de Santos Dumont, E sim, afirma Augusto Fernandes, "um concorrente sério, competente, leal, para Dumont. E sim, afirma Augusto Fernandes, "um concorrente sério, competente, leal, para Dumont ou qualquer outro que tentasse as mesmas experiências".
Paralelamente às suas experiências, Augusto Severo, com sua simpátia contagiante de verdadeiro aristocrata, fez sucesso na sociedade parisiense e européia, conseguindo a amizade de grandes personalidades da época, como Zola e Paul Rousseau. Chegou inclusive a receber uma carta da princesa Wiszniewska, presidente d fundadora da "Aliança Universal das Mulheres pela Paz e pela Educação".
Finalmente, o grande projeto de Augusto Severo estava pronto: o "PAX"! Revistas da França e da Inglaterra abriram suas páginas para falar sobre a experiência que estava prestes a acontecer. Era a glória!
Na construção do PAX, Severo contou com a importante ajuda do mecânico George Sachet.
Na madrugada do dia 12 de maio de 1902, Augusto Severo e George Sachet realizavam, para o povo de Paris, o tão almejado vôo. Quando o PAX se encontrava aproximadamente a 400 metros de altura, um clarão e, depois, uma explosão. Era o fim do sonho. Morreram ambos, Severo e Sachet.
Um texto e "A Notícia", no jornal do Rio de Janeiro (23/6/1902), narrando o enterro de Augusto Severo, poetizou: "não acredito haja alguém, lá fora, que possa em pleno dia - um dia rútilo de sol pelas ruas apinhadas de gente e passando, entretanto, silencioso, recolhido, sem um rumor, como se as mais vastas praças fossem pequenas câmaras mortuárias, em que se anda nas pontas dos pés, com um respeito religioso (...). Que dia esplêndido de glória! Glória triste - mas, apesar de tudo, glória!".

Fonte: Cadernos Especiais - Tribuna do Norte - História do Rio Grande do Norte

RESPOSTA DO DESAFIO - FLYER I DOS IRMÃOS WRIGHT

RESPOSTA DO DESAFIOMuito bem, tempo esgotado!!!!

A máquina que aparece na foto nada mais é que o FLYER I. A primeira máquina a motor dos irmãos Wright, mais pesada que o ar, que voou partindo de um plano inclinado. No dia 17 de dezembro de 1903, às 10:35h, este aparelho de madeira e de tela, dotado de um motor de 4 cilindros, manteve-se em voo durante 12 segundos, percorrendo cerca de 40 metros na praia de Kill Devil Hills, na Califórnia do Norte.

Estendido no posto de comando, encontrava-se Orville Wright, seu inventor e construtor, em companhia de seu irmão Wilbur. Bem espero que tenham gostado de saber um pouco mais desta invençao... em breve mais desafios.

Novais Neto

terça-feira, 4 de novembro de 2008

DESAFIO: QUAL A AERONAVE NA FOTO?


Lançando um desafio!!!

Você seria capaz de identificar esta máquina voadora???

Amanhã você fica sabendo um pouco mais sobre esta invenção.

Novais Neto

AMERICAN AIRLINES CHEGA AO AEROPORTO DE RECIFE


A American Airlines estreou nesta segunda (3) seu novo vôo diário ligando Recife a Miami, utilizando um Boeing 767-300, com capacidade para 225 passageiros. Na chegada ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre a Infraero prestou uma homenagem com dois carros dos bombeiros do aeroporto realizando um "batismo" simbólico da aeronave.

A nova frequência, que faz a rota Miami - Salvador - Recife - Miami, preenche um dos horários em que a capacidade de operação do terminal de passageiros se encontra subaproveitada, com chegada ao Recife às 10h05 e partida às 11h35.

E retoma uma rota que não era realizada de forma regular, a partir do Recife, desde 1999. Os turistas das capitais vizinhas, como Maceió e João Pessoa, ganham uma opção de conexão mais próxima, rumo aos Estados Unidos.

De janeiro a setembro o aeroporto movimentou mais de 167,7 mil passageiros internacionais, um crescimento de 25,8 % em relação ao mesmo período do ano passado. E novembro promete manter a tendência de bons resultados, pois retornam os charters para Oslo (Noruega) e Helsinque (Finlândia), que vêm reforçar as rotas operadas de forma regular, Lisboa pela TAP, Milão pela Livingston, Frankfurt pela Condor, Paris e Buenos Aires pela TAM.

NOVO REGULAMENTO EUROPEU DE AVIAÇÃO ENTRA EM VIGOR

No último sábado entrou em vigor o regulamento que obrigará às companhias aéreas na Europa incluírem as taxas aeroportuárias e taxas de combustíveis nos preços dos bilhetes de aviação, com o objetivo de evitar publicidade enganosa.
A norma estabelece o princípio de que o preço anunciado deve ser aquele pago pelo passageiro ao final do processo de reserva. Com esta iniciativa, a União Européia pretende erradicar definitivamente a prática de apresentar nas publicidades de bilhetes de avião os preços sem as taxas, que só são adicionadas no momento da reserva.
O objetivo é que “os usuários conheçam desde o primeiro momento os preços reais, sem que existam taxas escondidas, podendo assim comprar de diferentes companhias, o que aumenta a competitividade”, explicou o porta-voz comunitário Jens Mester.
O princípio de que o preço anunciado deve ser o mesmo pago ao final do processo de reserva significa que as companhias que operam um vôo desde um aeroporto comunitário devem indicar em suas tarifas, incluindo na internet, o preço final a ser pago, contando a tarifa e os impostos que sejam obrigatórios e previsíveis no momento.
Os suplementos especiais, como os seguros de viagem opcionais, deverão ser comunicados “de uma maneira clara, transparente e sem ambigüidades” ao início da reserva e não poderão aparecer pré-selecionados, e sim devem ser incluídos pelos próprios passageiros, mediante seu “consentimento expresso”.
Outra condição contemplada no novo regulamento europeu é que toda discriminação tarifária entre os viajantes baseada em seu lugar de residência ou nacionalidade estão totalmente proibidas.
Assim sendo, um bilhete para um determinado assento em um determinado vôo deverá custar o mesmo independentemente do estado membro da União Européia de origem do viajante.
RICARDO DELLA COLETTA
Fonte: www.jornaldeturismo.com.br

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

NOTÍCIAS DO CRUZEX IV


Depois de uma manhã intensa (01/11), com a aterrisagem das aeronaves francesas, o período da tarde também foi de chegadas. A partir das 13:30, já se podia ouvir o ruido dos aviões de caça vindos do Uruguai e da Venezuela. Os A-37 conhecidos como Dragonfly e os F-16 chamaram a atenção na pista da Base Aérea de Natal.

O Cessna A-37 Dragonfly é uma aeronave de treinamento e ataque leve que foi amplamente utlizada por diversas Forças Aéreas do planeta. Mesmo sendo uma velha senhora de guerra, com mais de 50 anos, ainda se mantém operacional e eficiente em alguns países, como o Uruguai. A aeronave pode levar sob as asas até 12 tanques de gasolina ou armamentos.

Os Venezuelanos chegaram nos F-16 do esquadrão Dragones que completou recentemente 25 anos. Essas aeronaves são capazes de realizar diversas missões em um curto espaço de tempo. Concebido também para combate ar-terra, caso seja necessario apoio às forças terrestres, possui a capacidade de carregar uma vasta gama de mísseis e bombas.

Com a chegada dessas aeronaves aumentam ainda mais as expectativas para o inicio da operação CRUZEX IV. O Coronel Carlos Eduardo, comandante da Base Aérea de Natal, está otimista para o exercício. “Fico extremamente orgulhoso e honrado de receber tantos aviões de caça. A minha função como comandante é garantir o apoio a todos os componentes das Forças Aéreas envolvidas”.