quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

NOTÍCIAS - PESQUISA EMBRAPA/SINDAG TERÁ INICIO EM 2013

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) preparam para o início de 2013 a largada para a mais abrangente pesquisa até hoje realizada no Brasil sobre tecnologia para aplicação aérea de defensivos. A ideia é avaliar os tipos de defensivos e técnicas de aplicação, buscando o modelo mais eficaz no combate às pragas, com menos produtos e menor risco para o meio ambiente. Os estudos vão ocorrer em São Paulo (laranjas), Goiás (soja), Rio Grande do Sul (arroz) e Paraná (cana-de-açúcar).


Os acertos para o início dos trabalhos começaram a ser definidos este mês, durante uma reunião na sede do Sindag, em Porto Alegre. Pelo sindicato aeroagrícola, participaram o secretário Francisco dias da Silva e o ex-presidente (e atual suplente da diretoria) Júlio Augusto Kampf, que iniciou as tratativas para o projeto, em 2008. Também integrou a mesa o professor Wellington Pereira Alencar de Carvalho, da Universidade Federal de Lavras, que é o consultor técnico do Sindag para o projeto. Por parte da Embrapa, participaram do encontro o coordenador técnico do projeto, Paulo Estevão Cruvinel, da Embrapa Instrumentação, de São Carlos (SP), e os pesquisadores Ladislau Marcelino Rabello, também da Embrapa Instrumentação; Robson Rolland Monticelli Barizon, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP), José Francisco da Silva Martins, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS).



O projeto, que tem o nome de Desenvolvimento da Aplicação Aérea de Agrotóxicos como Estratégia de Controle de Pragas Agrícolas de Interesse Nacional, recebeu, em agosto, sinal verde da Embrapa em Brasília, que garantiu para 2013 a liberação de recursos. Pelo convênio, a Embrapa vai entrar com os pesquisadores e laboratórios, além do planejamento, avaliação estatística e publicação dos resultados científicos. Já o Sindag deve garantir aeronaves, equipamentos e pessoal para as pulverizações nas áreas avaliadas.



MEIOS E MÉTODOS



A pesquisa via incluir o uso de bioindicadores, sensores nas lavouras e no perímetro das áreas pulverizadas e até o uso de aeronaves não tripuladas para monitorar as aplicações. Além dos estudos sobre produtos para lavoura, os trabalhos em todas as áreas vai abranger também a pesquisa sobre controle da deriva (que é quando a nuvem de defensivos “vaza” para fora da faixa de aplicação). O estudo de deriva vai ocorrer nos quatro Estados para que sejam consideradas as condições climáticas de cada região.



Para Júlio Kampf, que representa o Sindag junto ao projeto, os trabalhos devem durar pelo menos três anos, “mas a intenção é repassar imediatamente ao setor as correções e as melhorias que forem conseguidas durante os estudos”. Kampf lembra que a aviação já é considerada o meio mais seguro de aplicação em lavouras e também é o setor que mais emprega tecnologia. “As pesquisas vão primeiro avaliar como as aplicações estão sendo feitas hoje. Para depois se avaliar o que pode ser melhorado e aí então experimentarmos coisas novas”, resume Kampf. O investimento total no projeto será de cerca de R$ 1,5 milhão.

FONTE: SINDAG

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