sábado, 10 de março de 2018

AZUL AUMENTA OFERTA DE VOOS PARA LISBOA

Olá pessoal, boa tarde!

A Azul começou a vender no último dia 08 de março novos bilhetes para voos extras entre Brasil e Portugal. Os novos voos serão entre Campinas e Lisboa e começam a partir de 04 de junho. Isso fará com que, em alguns dias da semana, a Azul tenha duas frequências diárias para a capital portuguesa saindo do maior hub da cia, totalizando 10 voos semanais entre os dois países.

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O Vice-presidente de receitas da Azul Linhas Aéreas, Abhi Shah disse "A inclusão que estamos fazendo hoje representa um crescimento das nossas operações internacionais. Os Clientes de todas as partes do Brasil terão mais oportunidades do que nunca para chegar a todos os destinos europeus, voando com a Azul e nossas parceiras.". 

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A empresa utiliza os Airbus A330, com capacidade para até 274 clientes e promete que até o fim de 2018 receberá o primeiro A330-900Neo.

Confira como ficarão os horários com os novos voos extras a partir de junho:


Seguiremos sempre contando as principais novidades...

Abraço a todos e bons voos sempre!

Bruno Maciel

segunda-feira, 5 de março de 2018

BUSH FLYING AND BUSH PILOTS

Olá pessoal, tudo bem?! Hoje vou falar um pouco sobre esse segmento da aviação pouco conhecido no Brasil, o "Bush Flying". Trata-se de todas as operações com aeronaves preparadas especialmente (com pneus maiores, flutuadores ou skis) para atuar nas áereas remotas, pistas não preparadas ou até mesmo com aeronaves anfíbias.

Muito comum em países do continente africano (Botswana, Namibia, Zimbabwe, South Africa, etc), na ásia (Indonésia, etc), Canada, USA e no Brasil (especialmente as operações no garimpo, pantanal e amazonia). Na maioria desses lugares esse tipo de operação é a única maneira de transportar pessoas e suprimentos.

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Em Botswana, por exemplo, existem dezenas de empresas que trabalham levando os passageiros do aeroporto de Maun (capital turística do país) para os resorts e lodges e safaris da região do Delta do Okavango, voos panorâmicos (scenic flights), aerofotografia e filmagens, evacuações médicas, etc. Entre essas empresas, estão: Wilderness Air, Moremi Air, Major Blue Air e Mack Air. Normalmente operam aeronaves monomotoras a pistão (C172, C206, C210, GA8 Airvan) ou turbohélice (C208 Caravan, Quest Kodiak, Pilatus Porter), chegando ainda a operar aeronaves bimotoras como o Baron BE58 ou até maiores como o King Air, Hawker 800XP, etc.

Já na Indonésia, a Susi Air é a maior e mais conhecida delas, especialmente após o documentário "Worst Place to be a Pilot" que mostrava a sua operação no "Lugar Mais Perigoso para Ser Piloto". Fundada em 2004 com apenas 2 aeronaves, a Susi Air hoje tem uma frota de mais de 50 aeronaves que vão desde o Piper Archer, até o LET410, passando ainda pelo Pilatus Porter, Cessna Grand Caravan, Diamond Twin Star, Air Tractor e os helicópteros Agusta Grand e Agusta Koala. São mais de 20 bases principais, e cerca de 140 pilotos.

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Como eu disse anteriormente, essas operações existem em diversos países do mundo, inclusive com escolas especializadas em dar o treinamento adequado para quem deseja operar nessas condições, como é o caso da Alaska Floats & Skis, Bush Air, Island Coastal Aviation e muitas outras.

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No Brasil, o mais próximo que chegamos do chamado "Bush Flying" são os pilotos do garimpo. Infelizmente praticamente todas as operações no garimpo não são permitidas, deixando os aviadores na "ilegalidade" e tornando uma atividade que já perigosa devido "por natureza", em uma atividade kamikaze.
Nessas empresas que citei no continente africano, asia e etc, as maiores dos pilotos são jovens europeus, neozelandeses, australianos, sulafricanos e americanos com poucas horas de voo e que sabem que somente nesses lugares conseguirão o primeiro emprego como piloto, e rapidamente vão adquirir experiência, acumular horas de voo e se desenvolver como profissionais.

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Assim como as operações anfíbias que falei no outro post, esse tipo de "Bush Flying" no Brasil deveria ocorrer em diversos cenários, com várias empresas atuando no sertão nordestino, no pantanal, nas serras gaúchas e em muitos outros locais carentes de operações aéreas e que também iriam levar desenvolvimento para a nossa atividade e para o turismo local.

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Mas... isso é apenas um devaneio de um aviador. 
Bom, é isso, espero que tenham gostado e que isso desperte a curiosidade de vocês para mais esse segmento da nossa profissão.

Um abraço a todos e bons voos sempre!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

AZUL RECEBE O 14º AIRBUS A320 NEO

Olá pessoal, hoje a Azul Linhas Aéreas Brasileiras recebeu mais um Airbus A320 Neo, com capacidade para 174 passageiros. O PR-YRQ batizado de "Azul é 10" é o 14º de um total de 63 A320 Neo que já foram encomendados. O nome de batismo da aeronave faz referência aos 10 anos da empresa, fundada em 2008 por David Neeleman. A empresa é a 3ª maior do mundo em número de passageiros, a segunda maior em frota de aeronaves (128) e a maior em número de destinos oferecidos (107).

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Abraço a todos e bons voos sempre!

Bruno Maciel

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

AVIAÇÃO PRECISARÁ DE 600 MIL PILOTOS ATÉ 2036

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Com o crescimento do tráfego aéreo mundial, as companhias aéreas precisarão de mais de 600 mil pilotos até 2036. No entanto, com o evenlhecimento da população, isso surge como um desafio, afirmou a Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO). A cada 15 anos, o número de voos e passageiros duplica, mas a força de trabalho do setor está diminuindo, disse a secretária-geral da organização, Fan Liu, falando no Conselho de Relações Internacionais em Montreal, Canadá.

Fan Liu destacou o envelhecimento inevitável da população, o declínio das taxas de natalidade e outros fatores, como o fato de os futuros talentos serem atraídos por setores de alta tecnologia. Com isso a aviação civil precisa fazer mais esforços para atrair e reter os trabalhadores qualificados nas próximas décadas. A ICAO, acredita que até 2036, pelo menos, 620.000 pilotos serão necessários para pilotar aviões com  mais de 100 lugares no mundo todo.

"E 80% destes futuros aviadores serão novos pilotos que ainda não estão voando", disse Fan Liu.

O mesmo se aplica à companhia aérea e ao pessoal de manutenção da aeronave e outros técnicos da indústria, disse a Secretária-Geral da ICAO. O crescimento das viagens aéreas é explicado pelo aumento do turismo, mas também pelo comércio on-line, com 90% de entregas sendo feitas por via aérea em apenas 16 por cento em 2010. Mais de 4.1 bilhões de pessoas viajam de avião a cada ano e um terço dos bens trocados no mundo também é transportado por via aérea. Além dos desafios da força de trabalho, a aviação civil também deve lidar com aeroportos movimentados em breve. Pelo menos 24 aeroportos internacionais na África ficarão sobrecarregados e incapazes de lidar com o aumento do tráfego aéreo após apenas dois anos, adverte Fan Liu.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

OPERAÇÃO DE AERONAVES ANFÍBIAS NO BRASIL

Olá pessoal, tudo bem?!
Bom, fiquei mais de um ano sem postar novos conteúdos no blog. O ano de 2017 foi um ano muito especial e nesse tempo muita coisa aconteceu, mas espero que a partir de hoje eu consiga publicar com mais frequência. Em agosto de 2017 eu alcancei o meu objetivo e consegui me tornar piloto de uma companhia aérea. Para os que estão se preparando para realizar esse sonho, vou tentar durante esse ano postar algumas dicas de estudo, curiosidades, etc. 
Mas hoje estou "inativo" em Petrolina-PE, onde trabalhei em 2016 voando para um empresário que tinha um RV-10. Nosso hotel fica as margens do Rio São Francisco, na divisa com a Bahia. De um lado Petrolina, do outro Juazeiro. Cidades importantes do sertão nordestino. E inspirado pelo Velho Chico queria falar sobre algo com vocês que me questiono há algum tempo:
Por quê, em um país do tamanho do Brasil, não temos operações de aeronaves anfíbias de forma desenvolvida? Temos tantos rios, lagos, piscinas naturais, represas, um país com incontáveis recursos naturais, ecossistema diversificado, mas as aeronaves anfíbias praticamente não existem.
Quando observamos lugares como Canadá, Austrália, Maldivas, Nova Zelândia, EUA, diversos países do Caribe e muitos outros, percebemos o quanto estamos atrasados nesse aspecto. Isso também vale para outro tipo de operação que vou falar em outro post, os chamados "Bush Pilots" que operam em países do continente africano, na Ásia, etc.
Voltando ao assunto, no Canadá, existem diversas empresas que realizam "scenic flights", voos charters e regulares em aviões anfíbios. Talvez a maior delas, com sede em Vancouver-BC, a Harbour Air tem mais de 35 anos de operação e conta com uma frota de mais de 40 aeronaves anfíbias (monomotor e multimotor) transportando anualmente mais de 400.000 passageiros.


Nas ilhas Maldivas, a Trans Maldivian Airways possui 48 De Havilland Twin Otter operados por 181 pilotos (homens e mulheres) e realizam mais 120 mil voos por ano.


Eu poderia citar aqui diversas outras empresas que operam mundo a fora, mas vou ficar entre essas maiores.
Históricamente, muitas empresas aéreas atravessaram o Oceano Atlântico vindo da África e Europa para o Brasil, pousando nas capitais do nordeste, como em Natal-RN no Rio Potengi. Mas hoje, não vemos nenhuma perspectiva de desenvolvimento desse segmento aeronáutico, que existe no Brasil, praticamente de forma exclusiva, no norte do país, como por exemplo a Manaus AeroTaxi e onde esse tipo de operação é uma necessidade da população que não possui acesso via estradas e não existe infraestrutura de aeroportos nos locais mais remotos, não sendo utilizado apenas para turismo.


Nós poderíamos ter empresas realizando voos entre as capitais do nordeste, já que todas possuem importantes rios que se encontram com mar, além do litoral paulista e carioca, no pantanal, no interior de São Paulo e Minas Gerais com suas represas, Fernando de Noronha, outras cidades na região norte, como Belém, Macapá, Santarém, nos pampas gaúchos, enfim. Mas qual será o maior obstáculo? Burocracia, economia instável, política, formação profissional ou o famoso "Custo Brasil"???
Certamente que essa operação iria estimular o desenvolvimento do turismo, a economia, gerando milhares de novos empregos e criando mais opções para os nossos aviadores. Sem falar que mais aeronaves de pequeno porte operando implica em volume maior de consumo do AVGAS, necessidade de novos cursos para formar pilotos com esse tipo de habilitação, mais oficinas homologadas, mais empregos para mecânicos aeronáuticos, ou seja, toda a cadeia aeronáutica se desenvolve.
Para mim, chega a ser uma utopia imaginar que ainda veremos no Brasil centenas de aeronaves anfíbias operando nos nossos rios, lagos, praias e represas... mas não custa sonhar.

Um abraço a todos e bons voos sempre!

Bruno Maciel