quarta-feira, 6 de maio de 2009

AGÊNCIA DE RISCO REBAIXA NOTAS DE CRÉDITO DE TAM E GOL

A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou as notas de crédito atribuídas à TAM e Gol, diante do maior nível de alavancagem das empresas e da perspectiva de que a queda na demanda, em conjunto com o aumento da capacidade, deve pressionar as margens das companhias.
O principal rating da TAM foi reduzido de "BB" para "BB-", enquanto a nota da Gol caiu de "BB" para "B+", com redução de dois degraus neste segundo caso. As duas notas tem perspectiva negativa.
No caso da Gol, a agência diz que "o rebaixamento reflete a contínua deterioração do perfil de crédito, decorrente de maiores níveis de alavancagem em relação ao anteriormente previsto".
A Fitch diz que a dívida da empresa somava R$ 7,9 bilhões ao final do ano passado, enquanto sua posição de caixa era de R$ 415 milhões. Em comparação, no encerramento de 2007, a dívida da empresa era de R$ 6,287 bilhões, para um caixa de R$ 1,293 bilhão.
Ao analisar o cenário de demanda para o setor, a Fitch se diz preocupada com a capacidade da empresa de financiar sua liquidez de curto prazo por meio de fluxo de caixa próprio, passando a ser mais dependente de "bancos e do mercado de capitais".

'Satisfatória'
Ao falar da TAM, a Fitch também vê "deterioração do perfil de crédito", por conta do aumento da alavancagem e maior uso da posição de caixa para financiar os negócios. A agência diz que a liquidez da TAM, que antes era "robusta", agora é "satisfatória".
Ao final do ano passado, a posição de caixa da TAM era de R$ 1,914 bilhão, ante uma dívida total de R$ 11,1 bilhões, sendo R$ 928 milhões de curto prazo.

No entanto, a Fitch prevê que a empresa terá um desembolso de R$ 700 milhões neste ano e de mais R$ 400 milhões no ano que vem para liquidar as posições de hedge de combustível. Essa estimativa considera que o barril do petróleo fique em US$ 55.

O G1 procurou as assessorias de imprensa da TAM e da Gol para ouvir as empresas sobre o assunto. As duas companhias informaram que não se pronunciarão sobre o tema.
Fonte: PORTAL G1

Nenhum comentário: