segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CAIU NO MAR MEDITERRANEO UM BOEING 737-800 DA ETHIOPIAN AIRLINES


Equipes de resgate retiraram do Mar Mediterrâneo nesta segunda-feira (25) corpos de possíveis vítimas do acidente aéreo com um Boieng 737-800 da Ethiopian Airlines, que caiu logo após decolar de beirute, no Líbano. Segundo a BBC e a rede CNN, já foram resgatados 23 corpos. A agência Reuters fala em 21 corpos, e a Associated Press registra 34.

A aerovane levava 90 pessoas a bordo e decolou às 2h30 (horário local, 22h30 no horário de Brasília) com destino à capital da Etiópia, Addis Abeba.

A causa do acidente ainda não é conhecida, mas a polícia já descartou a hipótese de terrorismo e avalia que a queda possa ter sido provocada pelo mau tempo. Chovia forte em Beirute no momento da decolagem. O Exército libanês afirmou em um comunicado que o avião estava "em chamas após a decolagem".

“O tempo estava, sem dúvida, muito ruim”, disse o Ministro dos Transportes do Líbano, Ghazi Aridi. Segundo ele, a aeronave caiu a cerca de 3,5 km da costa libanesa. Helicópteros e navios vasculham a área em busca de possíveis vítimas e destroços.

A companhia aérea divulgou uma nota oficial em seu site confirmando que o avião está desaparecido.

Segundo embaixada francesa, a mulher do embaixador da França no Líbano, Denis Pietton, estava no avião.
“Uma equipe já está trabalhando no levantamento de todas as informações pertinentes”, diz o comunicado. “Uma equipe de investigação foi enviada para o local e divulgaremos novas informações assim que recebermos.”
O Ministro dos Transportes declarou que na aeronave viajavam 54 libaneses, 22 etíopes, um iraquiano, um sírio, um canadense de origem libanesa, um russo de origem libanesa, uma francesa e dois britânicos de origem libanesa.

Parentes dos passageiros começaram a chegar no aeroporto de Beirut nesta segunda, muito emocionados. O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, anunciou um dia de luto oficial e pediu o fechamento de escolas entidades públicas.

A aeronave
O Boeing 737-800 tinha oito anos de uso e havia sido arrendado de uma divisão do conglomerado financeiro norte-americano CIT Group, informou a companhia aérea. "A aeronave tinha manutenção. A última manutenção foi em 25 de dezembro - foi uma checagem normal. Não havia problema técnico nenhum", disse o executivo-chefe Girma Wake a jornalistas em Adis Abeba, capital etíope. "Ele partiu daqui ontem sem comentário algum. Ele deixou Beirute sem comentário algum", acrescentou. A Ethiopian Airlines informou que o esse Boeing 737-800, versão recente do modelo mais vendido da Boeing, havia saído da fábrica norte-americana em 2002, e em setembro de 2009 fora arrendado da empresa CIT Aerospace, parte do grupo de crédito comercial CIT Group. A CIT, holding bancária e fornecedora de crédito principalmente para pequenas e médias empresas, emergiu recentemente da recuperação judicial nos EUA, resultado da crise financeira global. Nem o CIT nem a Boeing se manifestaram sobre o acidente. A CIT é um nome conhecido no setor da aviação, gerindo uma frota com mais de 300 aeronaves. Ela fornece arrendamento e financiamento a mais de cem companhias aéreas, de acordo com o seu site. A Ethiopian Airlines tem outro Boeing 737-800 arrendado, e na semana passada a empresa anunciou que encomendara outros dez para ampliar sua frota.


ETHIOPIAN AIRLINES É TIDA COMO UMA DAS MAIS CONFIÁVEIS DA ÁFRICA


Ao contrário de várias companhias aéreas africanas, a Ethiopian Airlines tem um bom histórico de segurança.
A última vez que um dos aviões da companhia sofreu um acidente foi em 1996, quando um Boeing 737 ficou sem combustível depois de ser sequestrado quando voava da capital etíope, Addis Abeba, para Nairóbi, no Quênia.
O avião caiu no mar perto das Ilhas Comoros, matando 123 pessoas entre passageiros e tripulantes, das 175 que estavam a bordo.
Em 1988, um 737 da Ethiopian Airlines atingiu uma revoada de pombos após a decolagem em Bahar Dar, Etiópia. Trinta e uma pessoas morreram quando o avião caiu ao tentar pousar no aeroporto.
A companhia estatal voa para mais destinos na África do que qualquer outra companhia, tornando-a uma empresa popular em um continente onde muitas companhias voam apenas de seus países para fora da África.
Ao lado da South African e da Kenya Airways, a Ethiopian Airlines é considerada uma das melhores operadoras da África subsaariana, mas muitos passageiros reclamam de atrasos frequentes.
Uma das poucas empresas aéreas lucrativas do continente, a Ethiopian recentemente iniciou voos para China e Índia. A companhia também pretende voar para Xangai, Madras e Bangalore.
A companhia usa primariamente aviões Boeing e anunciou, no começo de janeiro, planos para comprar 10 dos novos modelos 737-800, a um custo de US$ 750 milhões.
A Ethiopian Airlines foi fundada em 1945 e é 100% propriedade do governo etíope.
Fonte: Portal G1

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