sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

VÍDEO: CESSNA C150 AEROPORTO SANTOS DUMONT

VÍDEO - VOO DE CORISCO ENTRE CAMPINAS-SP E VARGINHA-MG

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO SNA

Em nome da segurança de voo na aviação comercial brasileira, o Sindicato Nacional dos Aeronautas esclarece alguns equívocos do presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz, em texto publicado na Folha de S.Paulo no último sábado (23) sobre o projeto de lei 8255/14, a nova Lei do Aeronauta, que tramita no Congresso:
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“(…) Vivemos um momento em que todos os setores buscam os melhores caminhos para negociações diretas com os sindicatos, o projeto de lei representa um retrocesso ao regular itens sem relação com a segurança da operação, prioridade máxima para as companhias aéreas. Essa prática lembra os anos 1970, quando se buscava aumento salarial por meio da lei.”
O projeto de lei foi exaustivamente debatido entre todos os players envolvidos, especialmente as empresas aéreas, e vem sendo construído desde 2011. Dos mais de 80 artigos do projeto, resta apenas um item sem consenso, que é o número de folgas —portanto, um pleito social, mas que tem relação direta com a segurança de voo.  A sugestão da categoria traz para o PL garantia de dez folgas por mês, o que ainda é muito inferior aos padrões internacionais, com a possibilidade de flexibilização via acordo ou convenção coletiva. Nos EUA e no Reino Unido, pilotos têm de 12 a 15 folgas por mês. Além disso, o projeto busca o aumento da segurança de voo através de um sistema de gerenciamento de fadiga humana e não trata em nenhum momento de salários dos aeronautas.
“Defendemos e praticamos políticas salariais que remuneram pilotos em até R$ 35 mil por mês. Julgamos que esses valores são apropriados para o exercício da função.”
A remuneração média da categoria é inferior a 30% do citado. Mais de 90% do grupo de pilotos tem remuneração inferior à metade deste valor. Cargos de alto escalão podem até chegar a este patamar, mas a realidade da categoria é outra. Divulgar essa informação equivocada pode inclusive colocar em risco a integridade física dos aeronautas e de seus familiares, que podem ser transformados em alvos errôneos para a ação de criminosos.
“Um exemplo é o Sistema de Gerenciamento de Fadiga, cujo processo de implementação e discussão tem o nosso apoio. Em todos os países do mundo nos quais avançou, o sistema foi resultado de ação coordenada entre agência reguladora, empresas e aeronautas, sem necessidade de lei para engessar o processo.”
A Anac fez um esboço de regulação para o Gerenciamento de Fadiga há alguns anos, porém não o homologou devido justamente ao entendimento de que a lei atual é rígida e de que tal sistema acabaria por prejudicar as empresas apenas diminuindo as jornadas atuais dos tripulantes. Há um consenso de que é preciso a mudança na lei, permitindo a flexibilização dos itens relacionados a fadiga, para que o sistema possa realmente ser implementado no Brasil. Causa estranheza uma declaração que vai no sentido oposto ao discurso preconizado pelas próprias empresas perante os parlamentares.
“Convidamos a sociedade brasileira a refletir sobre isto: no ano que passou as empresas fundadoras da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) tiveram um deficit de caixa superior a R$ 7 bilhões, quantia que pode chegar a R$ 12 bilhões neste ano se o dólar ultrapassar a barreira dos R$ 4,40.”

Os aeronautas fazem coro e pedem à sociedade e uma reflexão neste sentido, levando em consideração a acentuada queda do preço do querosene de aviação (caiu 15% em 2015, segundo a ANP) e o crescimento de 33,9% da aviação brasileira registrado nos últimos quatro anos. Além disso, convidamos a sociedade a refletir sobre o “preço” da segurança de voo —acreditamos não ser possível colocar na balança o valor de uma vida, e o projeto de lei se faz necessário para que acidentes sejam evitados. A segurança de voo não pode mais esperar.

FONTE: SNA

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

NOTÍCIAS - AEROPORTO DIX-SEPT ROSADO EM MOSSORÓ ENFRENTA DIVERSOS PROBLEMAS

Olá pessoal, tudo bem?! Para os colegas aviadores que utilizam o Aeroporto Dix-sept Rosado em Mossoró (SBMS) acho que não está tudo bem não. Hoje eu estava assistindo no RNTV  uma matéria falando sobre as famílias que invadiram o terreno do aeroporto de Mossoró e falaram sobre a interdição da pista para as operações aéreas. Aí resolvi fazer uma pesquisa na internet e encontrei diversos problemas. Vamos lá!
No site do DECEA (AISWEB) pesquisei as informações e encontrei um NOTAM informando que a pista encontra-se fechada desde o dia 21/01/16 devido presença de pessoas e animais na pista e outro que informa que o VOR/DME MSS 122.40 está indisponível de 17/09/2015 até 28/04/2016 devido serviço de manutenção. 7 meses para fazer uma manutenção no VOR/DME???? É sério isso? Em Mossoró é seríssimo!!! E tem mais: entre os dias 07/01/2016 até o dia 23/06/2016 (6 meses) todas as facilidades das luzes da área de pouso estão indisponíveis.
Mas esses problemas que eu encontrei não se referem ainda as 200 famílias invadiram o terreno do Aeroporto. Quem invade o terreno de um aeroporto? Lá em Mossoró invadiram!!!



Depois eu encontrei no site da ANAC a PORTARIA Nº92/SIA, de 15 de janeiro de 2016, que "Aplica medida administrativa cautelar de restrição às operações aéreas ao aeródromo público de Mossoró/RN (SBMS)" e ainda segundo o documento "A medida ora aplicada tem caráter provisório, sem prazo determinado, e será mantida até que o operador do aeródromo solicite sua revogação e demonstre cumprimento das condições para reabertura definidas no parecer que fundamentou esta decisão."

Ou seja meus amigos, a coisa tá feia! Um aeroporto com uma pista de 2000 de comprimento, excelente localização no estado, na maior cidade do RN, entre as capitais Natal e Fortaleza, porém sofrendo com todos esses problemas.
Desejo que as coisas melhorem em breve para que as operações voltem ao normal e sejam posteriormente ampliadas.

Abraço a todos e bons voos sempre! 

NOTÍCIAS - A AZUL DOBRARÁ O NÚMERO DE VOOS PARTINDO DO RECIFE

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras dobrará o número de destinos partindo do Recife. A partir do dia 22 de fevereiro, a companhia passará a ter 32 voos diários para 24 cidades - atualmente há 24 voos por dia para 12 cidades. O jato A330, o maior da frota com 272 assentos, ainda operará entre Campinas (SP) e a capital pernambucana diariamente. De acordo com a Azul, ela será a primeira empresa a ligar todas as capitais do Nordeste.
As cidades de Brasília (DF), Belém (PA), João Pessoa (PB), Petrolina (PE) e Juazeiro do Norte (CE) terão ligações diárias e sem escalas com destino ao Recife. São Paulo (Congonhas), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Ilhéus (BA), Porto Seguro (BA) e Presidente Prudente (SP) também terão voos aos sábados. Campina Grande (PB) terá operações retomadas.





Além das novas rotas, a companhia terá dois voos diários do Recife para São Paulo (Guarulhos), três para Natal e Belo Horizonte (Confins) (MG), e quatro para Fortaleza(CE).
O start se dará no dia 22 de fevereiro com o voo Recife-João Pessoa. A partir do dia 15 será a vez dos voos com destino as cidades de Brasília, Belém, Juazeiro do Norte, Petrolina, Ilhéus, Goiânia. Já no dia 7 de abril, entram os voos para Porto Seguro e São Paulo (Congonhas). No dia 7 de maio, Presidente Prudente receberá voo da capital pernambucana.
Pernambuco também está na briga pela instalação de um hub operado pela Latam -- resultado da fusão das empresas LAN Chile e TAM. Em julho de 2015, houve uma reunião no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, para discutir o tema. Se ganhar, o estado será um novo centro de voos nacionais e internacionais e terá circulação de cargas e passageiros. As cidades de Fortaleza e Natal também estão na disputa. A decisão deveria ter saído até o fim do ano, mas acabou adiada para 2016.
Para o governador Paulo Câmara, o Recife tem vantagens para ser a capital escolhida. "Nós temos buscado conversar muito com as pessoas, mostrar as vantagens de instalar o hub no Recife. Nós temos uma posição geográfica diferenciada, temos a infraestrutura, temos negócios movimentando toda nossa economia, Pernambuco cresce mais que o Brasil e que o Nordeste. É um empreendimento que vai gerar muito emprego, muita renda e vai fazer com que Pernambuco fique cada vez mais conectado com o mundo", elencou.
O secretário de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras, acredita que a ampliação da malha posiciona o Recife de forma estratégica para um futuro hub internacional, além de possibilitar uma maior conectividade e desenvolvimento econômico para o estado.
“Foi muito positivo. Num cenário que estamos vivendo com as companhias aéreas reduzindo o número de voos, essa ampliação é mais que favorável já que é um momento que o brasileiro vai viajar mais dentro do Brasil e o nordestino no Nordeste”.


Disputa 
Em abril do ano passado, o Aeroporto Internacional dos Guararapes foi eleito o melhor do país. Ele teria a estrutura necessária para receber o empreendimento. "Em sendo escolhido o Aeroporto do Recife, o hub vai funcionar no aeroporto, onde já estão as instalações pista, pátio, etc, mas certamente o terminal de passageiros deverá sofrer reformas pra atender ao enorme aumento na demanda que vai acontecer", afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico,Thiago Norões, à época.
FONTE: PORTAL G1

NOTÍCIAS - A AZUL ANUNCIA INTENÇÃO DE LIGAR BRASIL E EUROPA COM VOOS PARA LISBOA

Olá pessoal, tudo bem?!
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras pretende ligar Brasil e Europa a partir de 4 de maio em voos sem escalas para Lisboa. Com origem em São Paulo (Campinas), a mais nova rota da companhia terá, inicialmente, três frequências semanais, podendo chegar a seis na alta temporada. O desembarque da companhia na Europa faz parte de um planejamento estratégico e de malha – a empresa será a única aérea de bandeira brasileira a ter voos sem escalas para Portugal, além de conectar cerca de 100 destinos brasileiros a toda a Europa. A operação será com jatos A330 com novos interiores.
A Azul enviou às autoridades aeroportuárias brasileiras e portuguesas o pedido de autorização para a operação – o último serviço sem escalas de uma companhia nacional para o país europeu foi operado há dez anos.
“Estudamos constantemente nossa malha de voos e identificamos essa oportunidade pela grande conectividade no Brasil e na Europa. Vamos oferecer voos muito convenientes a partir de várias cidades brasileiras com conexão em São Paulo (Campinas), assim como ligações para várias regiões da Europa por meio de nosso acordo de codeshare com a TAP. Este é mais um excelente exemplo do contínuo investimento da Azul no mercado brasileiro, com foco em levar os Clientes também a destinos internacionais”, afirma Antonoaldo Neves, presidente da Azul.
Conectividade – Em convenientes opções de conexão, a ligação São Paulo (Campinas)-Lisboa será um dos pontos fortes da operação. Na capital portuguesa, os Clientes da Azul contarão com ligações da TAP Portugal e TAP Express para mais de 80 destinos em 35 países, por meio do acordo de codeshare firmado em outubro. Nas operações da TAP Express, os Clientes seguirão viagem em modernos jatos Embraer, mantendo o alto padrão de conforto até o ponto final.
A aérea brasileira, por sua vez, oferece, em São Paulo (Campinas) – seu maior centro de distribuição de voos –, mais de 170 decolagens diárias para aproximadamente 60 destinos domésticos, além de Fort Lauderdale/Miami e Orlando (Estados Unidos) e Caiena (Guiana Francesa).

Novo produto – A bordo dos jatos A330 completamente novos, os Clientes da Azul terão uma experiência exclusiva em três classes de serviço: Azul Xtra Business Class, Economy Xtra e Economy. Apresentados em outubro, os aviões remodelados estabelecem um padrão único em termos de tecnologia e conforto e traz inovações nos sistemas de entretenimento e iluminação a bordo. As novidades da Azul garantem aos Clientes a melhor opção disponível no mercado brasileiro.
Na Xtra Business, por exemplo, os Clientes encontram uma verdadeira, confortável e privativa cama, com reclinação de 180° (a configuração é 1-2-1, com acesso direto aos corredores). O sistema de entretenimento é o Panasonic eX3, a solução tecnológica mais avançada hoje na aviação, operada por sistema Android e que tem uma novidade única da Azul em âmbito global: o sistema Picture in Picture. Enquanto assiste a um filme, por exemplo, o Cliente poderá selecionar outra produção e acompanhá-las simultaneamente, com uma das opções reproduzida em tela minimizada.
Ainda, em todas as classes, estão disponíveis saídas de energia de 110v e portas USB. As poltronas, dispostas na configuração 2-4-2 na Economy Xtra e Economy, têm a separação entre fileiras dentro do padrão de conforto que faz a Azul ser lembrada quando o assunto é espaço individual.
O destino – A capital portuguesa oferece diversas atrações a quem a visita. Localizada na costa sul do Atlântico, tem muitas opções para quem vai em busca de cultura e gastronomia, com passeios por pontos turísticos, como a Torre de Belém, onde, nas redondezas, se pode degustar os famosos pasteis de nata; o Castelo de São Jorge; e os bairros Alto e Chiado, famosas regiões da cidade.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

MUITAS NOVIDADES EM 2016

Olá pessoal,

O Papo de Hangar começou 2016 cheio de novidades para vocês. Um dos primeiros blogs de aviação do Brasil, criado em 2007, sempre com o compromisso de trazer assuntos importantes para o meio aeronáutico, nesse ano aplicou "full power" e promete muita coisa boa!


Além das postagens frequentes, novos videos e entrevistas exclusivas sendo preparadas para especialmente, na barra lateral vocês também irão encontrar novidades como:
Acesso para as principais RBHA e RBAC da ANAC;
Acesso direto as principais publicações do DECEA (ICA, AIC e MCA);
Novas escutas aéreas dos principais aeroportos do Brasil e do mundo;
Novas imagens exclusivas;
Enquetes mensais;
Notícias da FAB, ANAC e INFRAERO;
Links de acesso aos sites dos principais fabricantes mundiais, para as companhias aéreas nacionais e internacionais e diversos outros sites importantes;

Por isso, estejam atentos as nossas novas postagens, curtam, compartilhem, façam parte da nossa rede de seguidores no "Google Friend Connect" e no "Google+ Followers" ou inscreva-se para receber as novidades por email. Essas e outras opções estão disponíveis na barra lateral do blog.

Ahhh, me acompanhem também no You Tube clicando AQUI porque também teremos muitas novidades por lá.

Abraço a todos e bons voos sempre!!

Bruno Maciel

VÍDEO - TREINAMENTO TGL - AEROCLUBE DE CAMPINAS

domingo, 17 de janeiro de 2016

QUAIS FATORES DEVEM SER CONSIDERADOS NA ESCOLHA DA ESCOLA DE AVIAÇÃO OU AEROCLUBE

SERÁ QUE O QUE IMPORTA É SÓ O PREÇO???

Olá pessoal, após um bom tempo sem novas postagens, hoje irei falar sobre um tema muito solicitado pelos leitores do blog, no entanto quero lembra-los que essa é a minha opinião, com base na minha experiência, e vou tentar ser o mais imparcial possível. Há muito tempo que eu quero falar sobre “Quais os fatores vocês devem considerar na hora de escolher uma Escola de Aviação ou Aeroclube para receber a instrução prática de voo?

O que mais observei entre meus alunos e leitores do blog é que, devido ao alto custo das horas de voo e a grande diferença de valores em várias regiões do país, o principal fator considerado é o preço. No entanto, além do preço, existem diversos fatores que devem ser levados em consideração, como: Localização, infraestrutura, quantidade e variedade de aeronaves, quantidade de instrutores, formas de pagamento, condições climáticas predominantes, manutenção, histórico de acidentes, reconhecimento do mercado de trabalho, entre outros. Irei falar um pouco de cada um deles, da forma que eu consideraria hoje se fosse escolher uma escola ou aeroclube.



- Localização: Esse aspecto é extremamente importante! Deve-se levar em consideração o tipo de instrução que o futuro aviador pretende receber. Ou seja, qual será o seu foco inicial (é, porquê é muito comum mudarmos o nicho de mercado que queremos trabalhar no decorrer da nossa formação) . Se vai ser na aviação comercial, executiva, agrícola, aeronaves anfíbias, experimental, instrução, etc. Se pretende seguir carreira na aviação comercial, pesquise sobre as escolas que possuem elevado índice de aprovação nas seleções das companhias aéreas, um bom histórico de ex-alunos contratados e, infelizmente para boa parte dos leitores, posso adiantar  que essas escolas estão concentradas nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Até porque as companhias aéreas também estão lá. Isso não significa que os candidatos de outras regiões não serão convocados para as seleções ou não serão contratados. Ainda assim deve-se considerar o seguinte: Se resolver estudar em São Paulo, no Campo de Marte, saiba que o tempo de solo (do acionamento até a decolagem) será bem maior que o tempo gasto em Rio Claro, por exemplo. Isso também vale para o deslocamento do aeroporto (aeródromo) até a área de treinamento. Em compensação nos aeroportos mais movimentados como Campo de Marte e Jundiaí, o aluno terá uma outra vivencia com as regras de tráfego aéreo aplicados na prática, assim como fraseologia aeronáutica, rotina aeroportuária, convivência com diversos profissionais da aviação executiva, etc. Ainda com relação a localização, se você está pretendendo estudar fora da sua cidade, lembre-se que precisa de um aeroporto com fácil acesso, próximo a supermercados, pontos de ônibus, farmácia, etc, já que você provavelmente terá que ficar em alojamentos e irá precisar se deslocar frequentemente a esses estabelecimentos e isso deve ser incluso no “custo final”.

- Infraestrutura: muito importante!!! A escola que está pretendendo voar possui uma infraestrutura adequada às suas necessidades? Vai precisar de alojamento? Nesse alojamento possui quartos para homens e mulheres, como é a mobília, possuí acesso à internet, chuveiro elétrico, como é feita a limpeza? A escola/aeroclube Possui sala de briefing/debriefing, secretaria, biblioteca, sala de estudos, sala de palestras, lanchonete, estacionamento? Isso tudo deve ser considerado de acordo com as necessidades e prioridades de cada um. Morei um ano no alojamento do Aeroclube de Campinas e essa foi uma experiência muito válida pois convivia diariamente com instrutores, mecânicos, alunos na mesma fase de instrução que eu, outros bem mais avançados. Hoje em dia o alojamento do Aeroclube de Campinas foi separado do alojamento dos instrutores e funcionários, ficando exclusivo para os alunos. Há quem goste, eu particularmente prefiro tudo junto e misturado, mas vai de cada um.

- Quantidade e variedade de aeronaves: Também é preciso ter uma ideia de qual o nicho de mercado que mais se identifica. Por exemplo, se quer seguir carreira na aviação agrícola, escolha escolas/aeroclubes que possuam aeronaves com trem de pouso convencional (Paulistinha, Aeroboero, PA18, J3, Citabria, C140, etc). Existem escolas que direcionam o seu treinamento de acordo com o seu objetivo, é só se informar junto à coordenação de instrução. Outro fator importante é que se vai estudar em uma escola/aeroclube com 2 aviões, sua experiência será diferente do treinamento recebido em uma escola/aeroclube que possua 20 aviões. Isso se deve ao fato que se a escola/aeroclube estiver com muitos alunos a escala de voo certamente ficará cheia, prejudicando a frequência dos voos devido a menor disponibilidade de equipamentos, da mesma forma quando uma das aeronaves entrar em manutenção preventiva ou corretiva também enfrentará problemas se a escola/aeroclube tiver muitos alunos. Também não adianta muito ter estudado em uma escola/aeroclube que possua 10 aviões, todos C152. Aí entra em campo a variedade de modelos. Eu concluí minha formação de PP/PC/MLTE/IFR/INVA voando GURI, PAUL, AB11, C150, C152, C172, P28R e PA30. Isso enriquece seu currículo e aumenta a sua proficiência e adaptabilidade. Falam muito mal do Aeroboero, mas como diria um amigo meu que hoje voa na Azul: “existem dois tipos de pilotos: Os que gostam de Boero e os que não sabem voar Boero”. Garanto que um piloto que só voou C152, vai “sofrer” um pouco quando for voar uma aeronave convencional. Mas um piloto que só voou Boero, não vai encontrar nenhuma dificuldade de voar qualquer avião triciclo.

* Bônus: Acho que todos deveriam voar aeronaves com trem de pouso convencional em algum momento do treinamento. É um avião fácil de voar e difícil de voar bem. Para entender melhor esse frase e esse assunto, recomendo ler um texto em inglês do Air Facts Journal clicando AQUI.

- Quantidade de instrutores: esse será diretamente proporcional a quantidade de aeronaves. Nesse momento, caso seja possível, avalie a experiência do corpo de instrução como um todo (em horas de voo). Todos sabemos que no Brasil é comum pilotos utilizarem a atividade de instrutor de voo como um “degrau” para as companhias aéreas e isso dificilmente irá mudar a curto e médio prazo. Mas tire uma média. Se na escola existirem 10 instrutores, pelo menos metade deve ter entre 500hrs e 1000rs. Isso será muito importante porque entre os instrutores há muita troca de informações cruciais para um bom desenvolvimento da instrução. Existem alunos que preferem voar com apenas um ou dois instrutores, outros preferem variar ao máximo. Existem escolas/aeroclubes que permitem que o aluno escolha com quem quer voar, outras tentam dar preferência, outras proíbem a escolha. Eu preferi voar com diversos instrutores, mas pude escolher com quem NÃO queria voar. Era questão de empatia, afinidade e como eu ainda tinha o “poder da escolha” eu fiz uso dele.

- Condições climáticas predominantes: Esse é bem legal porque tem gente que acha que voar em Natal é sensacional porque a cidade é conhecida como a “noiva do sol”, 300 dias de sol por ano, vou poder voar pra kara***. Óbvio que aqui chove pouco, mas os ventos são intensos e devido a umidade e temperaturas elevadas, é normal a formação de nuvens cúmulos (não estou falando de cumulonimbus), o que torna a atmosfera mais instável e turbulenta. Já se vai voar no sul, seus voos serão constantemente cancelados devido a chegada de frentes frias à superfície, com chuvas, ventos fortes, granizo, etc. Então considere esse fator na hora de escolher sua escola/aeroclube e saiba que independente da região do país, seus voos serão cancelados diversas vezes por condições meteorológicas, o resto da sua vida, na instrução ou como profissional.

- Manutenção: Vocês conhecem aquele ditado “quando a esmola é demais o santo desconfia”? Pois é!!! Se você está decidido a voar em uma escola/aeroclube que está vendendo a hora de C152 por R$199,00 tenha certeza que o próximo acidente dessa entidade poderá ser com você. Hoje, com o atual preço do dólar e do AVGAS não é possível que uma escola consiga ter lucro vendendo a hora de voo a esse preço. A melhor coisa a fazer é realizar uma pesquisa de mercado, com as principais instituições da região. Não vale comparar o preço da hora de voo de uma escola/aeroclube da Paraíba com outra de Santa Catarina. Os custos operacionais são diferentes em cada região. Se está pretendendo estudar no sul, pesquise entre as escolas do sul e se entre elas houver uma disparidade muito grande no valor, certamente alguma coisa está errada e vale a pena aprofundar a pesquisa se essa diferença não está refletida na manutenção deficiente. A mesma coisa vale para todas as regiões do país. No entanto, após escolher, quando já estiver no treinamento, apesar de ser essencial manter os olhos bem abertos e ficar atento a qualquer anormalidade, lembre-se que tratam-se de aeronaves de instrução e é normal que as coisas não estejam do jeito que a gente vê nos ensaios de voo da Aeromagazine. Os alunos e instrutores quebram as partes plásticas do painel, os dizus, os pontos de dreno, , fecham as portas dos Cessninhas como se estivessem fechando a porta de um Maverick, apertam a rosca da vareta medidora de óleo como se estivessem fechando uma garrafa de coca-cola de 3litros para não perder o gás nunca mais, checam os comandos como se pretendessem executar uma manobra evasiva ainda em solo, além dos catrapos nossos de cada dia que ninguém escapa. Imagine 8 pousos por hora, 6 horas por dia, 7 dias por semana, durante 1 ano... esses aviões são resistentes pra kara***. Mas... uma hora quebra e pra prevenir que esse “quebrar” seja em voo, a manutenção preventiva (revisões de 50h, 100h, etc) devem ser feitas cumprindo o previsto pelo fabricante em oficinas homologadas. Se não estiver sendo feito assim, procure saber o que está acontecendo.

** Bônus 2: Tive um excelente aluno que fez o PP no Aeroclube de Cachoeira do Sul e depois foi voar em Campinas que levou consigo o hábito de limpar o plex com cera automotiva. Outros alunos cuidam como se os aviões fossem deles, em compensação tem instrutor que pelo jeito que ele cuida do avião, eu imagino como deve ser a casa dele... mas é isso, é a vida. Só tomem cuidado por que na aviação é a SUA vida que está em jogo.

- Histórico de acidentes: esse aí é fácil de falar. Realize uma pesquisa breve no site do CENIPA e veja quantos acidentes/incidentes aconteceram na escola onde você está pretendo voar. Também pesquise em fóruns, redes sociais... Claro que existem muitos incidentes e acidentes que não são relatados ao CENIPA e a ANAC, descumprindo a legislação em vigor. Para esses casos, você só vai descobrir no bate-papo com quem já esteve por lá. Aproveitando, veja se a escola/aeroclube possui um Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional - SGSO eficaz, se o MGSO está atualizado, se for conhecer pessoalmente a escola/aeroclube, procure pelos boletins, informativos, recomendações nos murais de segurança operacional, veja se os instrutores e alunos são estimulados a preencherem RELPREV, Fichas do Cenipa (CENIPA 15, por exemplo), etc. A sua segurança depende muito da política que a escola adota nas suas operações diárias e isso será facilmente percebido quando você já estiver lá voando. Se não se sentir seguro, procure o GSO responsável ou a coordenação de instrução e comente sobre o assunto.

- Reconhecimento do Mercado de Trabalho: esse funciona assim: Quando eu resolvi pesquisar sobre o curso de piloto agrícola (era o meu objetivo inicial) todos me indicavam o Aeroclube de Ponta Grossa ou a Aviação Agrícola Santos Dumont em Cachoeira do Sul. Isso é notório entre os pilotos agrícolas. Mesmo que outras escolas importantes ofereçam também o mesmo curso, o mercado me mostrava que seria importante para uma melhor colocação profissional se eu fosse voar em uma dessas duas escolas. Lembrando que não fiz o curso de piloto agrícola, não conheço pessoalmente nenhuma das duas escolas e muito menos as outras. Esse foi apenas o que me ocorreu na época quando eu fazia as minhas pesquisas. Da mesma forma isso acontece com a aviação comercial, executiva, etc.

*** Bônus 3: Recentemente, eu e alguns colegas fizemos uma pesquisa ligando para diversos aeroclubes e escolas do Brasil inteiro sobre quais as cartas de navegação que as escolas/aeroclubes adotavam para o treinamento de voo por instrumentos (IFR), se eram Jeppesen ou DECEA. Descobrimos que no Rio Grande do Sul praticamente todos eles usavam Jeppesen, inclusive a PUC-RS. Já em São Paulo apenas um Aeroclube usava no treinamento simulado e real, e uma escola utilizava Jeppesen no treinamento simulado. No restante do país a maioria não sabia nem do que estávamos falando. Isso é de fundamental importância na hora de escolher onde fazer o treinamento IFR, se você pretende seguir carreira na aviação comercial, já que todas as empresas brasileiras utilizam nos seus processos seletivos e durante os voos diários cartas Jeppesen. Não é nenhum bicho de 7 cabeças, mas a disposição das informações, layout gráfico, entre outras coisas nas duas cartas são feitas de formas diferentes, mas ambos são eficientes no que se propõem a fazer. Me espanto em saber que as escolas/aeroclubes não dão a devida importância a este fato e parabenizo a PUC-RS escolas e aeroclubes do Rio Grande do Sul por serem pioneiros e exemplo na utilização das cartas Jeppesen durante o treinamento.

- Preço da hora de voo e formas de pagamento: Bom, aí é que o bicho pega. Os valores variam muito de acordo com a região do país e esse fator no meu ponto de vista só deve ser considerado após todos os outros terem sido avaliados. É porque se você mora em Macapá, e lá a hora de voo está R$ 500,00 e você está pretendendo voar em Porto Alegre porque lá a hora está R$ 400,00 considere as despesas com deslocamento, alimentação, hospedagem (aluguel de um kitnet ou permanência em alojamento), fatores climáticos, distância da família, capacidade de adaptação a uma nova “cultura”, diferenças sociais, etc. Os mesmos cálculos deverão ser levados em consideração se você é de Indaiatuba-SP, por exemplo, e está em dúvida entre Campinas, Sorocaba, Jundiaí, Bragança, Piracicaba, São Paulo, etc. Certa vez um aluno resolveu mudar de Aeroclube por causa de R$10,00. Mas ele morava na cidade que o preço estava R$10,00 mais caro. Ou seja, ele teria que viajar cerca de 1h de carro, pagar 2 pedágios, correndo o risco de chegar lá e ainda não voar por diversos fatores. Vale a pena? Ah, verifique todos os detalhes do contrato de compra de pacotes de horas de voo, muitas escolas que vendem pacotes promocionais estipulam prazos para que seus alunos voem essas horas compradas em pacotes. Também é comum que o aluno pague a diferença do valor pago pela escola pelo combustível. Se a sua escola/aeroclube paga R$5,00/l de AVGAS na base de operações e você fizer uma navegação para outro aeródromo, fizer o reabastecimento e o valor for R$5,50/l e você vai arcar com os R$0,50 de diferença em cada litro abastecido. Se for mais barato, não será ressarcido, é claro!!! rsrsrsrsrs
A forma de pagamento varia muito de uma escola/aeroclube pra outra. O que eu sugiro sempre é que não seja um aluno chato, implicante, que reclama de tudo, que já chega gritando, que tira um “bolo de dinheiro” do bolso e acha que pode falar o que quiser. Tudo se resolve com uma boa conversa, seja sincero, honesto, faça sua proposta e se não for bom para as duas partes, considere mudar de escola/aeroclube. É melhor do que ficar enchendo o saco de todo mundo por que você não conseguiu R$5,00 a menos no valor da hora de voo. Lembre-se que na aviação todos se conhecem e manter um bom relacionamento é fundamental. Alunos problemáticos, arrogantes, prepotentes, certamente enfrentarão dificuldades na instrução, na colocação no mercado de trabalho, é a seleção natural. Uma hora a casa cai, é a Lei da selva!!!

Bom pessoal, espero ter ajudado, tentei ser o mais imparcial possível, considerando as pesquisas que eu fiz, o que eu acho importante e prioritário para a minha formação e para a minha carreira.
Compartilhem, comentem, divulguem e se tiverem alguma crítica ou sugestão de outros assuntos me enviem que esse ano o Papo de Hangar vai com tudo!!!!


Abraço a todos e bons voos sempre!

Bruno Maciel