sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cinzas fecham boa parte do espaço aéreo europeu nesta sexta-feira


A gigantesca nuvem de cinzas saídas de um vulcão na Islândia seguirá provocando caos aéreo na Europa nesta sexta-feira (16), deixando centenas de milhares de passageiros sem poder voaro. A Agência Europeia de Controle Aéreo (Eurocontrol) informou que a maior parte do espaço aéreo europeu deve seguir fechada por 24 horas.
A Eurocontrol prevê o cancelamento de mais da metade do voos na Europa. Das 28 mil operações previstas, apenas 11 mil devem ocorrer.
A agência assinalou que as principais rotas que passam pelo limite norte do Atlântico chegaram aos aeroportos europeus com poucos transtornos.
A partir desta tarde, será necessário desviar as rotas do limite oeste em direção ao sul para escapar da área de cinza vulcânica, o que não evitará que sofram perturbações.
A Eurocontrol explicou que sua unidade central de gestão do tráfego aéreo recebeu na quarta à tarde o aviso que uma nuvem de cinza vulcânica procedente da Islândia poderia avançar em direção aos países do noroeste da Europa.
De acordo com os procedimentos internacionais, essa unidade de gestão, os provedores de serviços de navegação aéreos e as autoridades meteorológicas "iniciaram os procedimentos de coordenação apropriados para enfrentar a situação", apontou.
A Grã-Bretanha, por exemplo, anunciou que fecharia seu espaço aéreo até pelo menos às 18h local (14h em Brasília) desta sexta. Mas autoridades da aviação estenderam a paralisação até sábado.
Um porta-voz do aeroporto de Heathrow, em Londres, o mais movimentado da Europa, disse que até 1.250 voos foram afetados na quinta (15), prejudicando 180 mil passageiros. Mais de 120 mil não puderam viajar a partir de Gatwick, Stansted e Glasgow (Escócia).
Autoridades do aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, informaram que o complexo está paralisado desde 1h34 (horário no Brasil) desta sexta, sem previsão de reabertura.
O porta-voz da Eurocontrol, Brian Flynn, disse ainda que o problema poderá persistir no final de semana, e que aeroportos de Bruxelas, Amsterdã e Genebra cancelaram operações, assim como o de Helsinque. A Polônia fechou quase todo seu espaço aéreo – exceto na Cracóvia e em Rzeszow.
Com aviões no chão, as companhias aéreas devem acumular prejuízos. A Associação de Transporte Aéreo Internacional informou que as empresas começaram a sair da recessão apenas nos últimos dias.
David Castelveter, porta-voz da Associação de Transporte Aéreo da América informou que as companhias aéreas ligadas à instituição já paralisaram mais de 100 voos entre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.
Companhias aéreas na Ásia também cancelaram a maior partes dos voos com destino à Europa, deixando milhares de usuários no solo. A companhia australiana Qantas afirmou que não espera alterações no quadro nas próximas 24 horas, e prevê que a situação pode piorar. “Nossa opinião é que o problema deve prosseguir até domingo (18)”, afirmou o porta-voz David Epstein.
Cancelaram voos para a Europa ainda companhias do Japão, Coreia do Sul e Singapura.
A cratera em erupção desde quarta-feira (14) está sob a geleira de Eyjafjalla. A nuvem de cinzas tem de 6 km a 11 km, e contém pequenas partículas de vidro e de rocha pulverizada que podem danificar motores e fuselagem dos aviões.

FONTE: PORTAL G1

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